Sonntag, Juni 28, 2009

Severo é o nome

do homem na máscara de gás;
quantas surpresas por trás
da máscara de gás.

repito:
em caso de EMERGÊNCIA
as máscaras cairão
AUTOMATICAMENTE.


auto-motivo de escrever pra tentar não digerir com sede as vontades mal resolvidas da alma nômade. viaja, alminha, pra onde tem terra na volta e água na saída; voa entre o fogo dos desertos proibidos de um saturno bêbado de licor marrom. a cor do fogo é festa; a festa do ovo é gemada. ha-ha. auto-motivo pra te ver na rua. eu te alcançaria nem que fosse correndo pela montanha de geléia; eu te envolveria, verás, serás o único e o singelo; chegarás na noite mágica de uma caverna dourada. brilharás o verde musgo de um tecido veludo. velarás violência e pazes. veredas ou vielas ou marmanjos em calças de dormir. modelos ou tortas ou relógios animados passeando seus rostos faceiros em um dia de dezembro. eu gosto de dezembro. eu quero abraçar dezembro mas ainda é junho; eu jogo com esses dias sem mágoas nem apreços nem sabonetes coloridos feitos pela aurora. no edifício cosmos. eu não costumo costurar ameixas mas agora eu gostaria de tecer uma laranjada das minha emoções. eu me deixo levar por uma onda meio mamão-memória. o mamão é cor-de-laranja mas a rosa vermelha não é cor-de-rosa. os velcros não são rosas nem rosários ou travesseiros para que se possa dormir sem asas. não sei o que acontece. por favor, me digam.