Samstag, August 08, 2009

Ilusão

A negação ocorre quando há uma lacuna entre a vontade e o espírito. O espírito que está habituado à negação normalmente se satisfaz com as artimanhas da ilusão. Não aceitar a si mesmo é não aceitar a própria vontade: a essência da vontade é a aceitação. O mundo é muito diverso e rico em espécies animais. Algumas pessoas simplesmente não se sentem confortáveis em suas formas humanas; a negação da sua forma humana é acarretada pela não-aceitação do elo espírito/vontade. A história da negação é secular e a história do ocultismo também. É preciso estar disposto a enfrentar as lacunas pessoais no momento em que se faz necessário um confronto entre realidade e ocultismo. Se chama fase-mística. Há coisas no corpo humano que um corpo humano é simplesmente incapaz de entender. Seres humanos manipulam máquinas de plástico e ferro que não manipulam seres humanos. Não há vice-versa; não há entendimento mútuo assegurado a não ser que você tenha muita sorte. A sorte pertence à dimensão do ocultismo e o azar está na dimensão da realidade e do pesadelo. Sonhos são sortudos. Quando eu era criança, eu costumava sonhar em verde e roxo pois meu video-cassete projetava apenas essas duas cores na tela da televisão de tubo. Sonhar verde e roxo ficou pra trás; sonhar verde e roxo é da época da televisão de tubo. O sonho que eu vejo agora projetado digitalmente exibe uma mulher que não cai bem iluminada mas fica extremamente misteriosa e fascinante sob a iluminação parca de um abajur. Sua silhueta borrada confere misticismo a uma alma incógnita. Sob a luz do sol ela fica simplesmente entediante. Acho que prefiro o tédio ao medo.

Freitag, August 07, 2009

coisas que só a wiki faz por você

"Destruição Mútua Assegurada — tradução do inglês Mutual Assured Destruction, abreviado MAD (loucura) — é uma doutrina de estratégia militar onde o uso maciço de armas nucleares por um dos lados iria efetivamente resultar na destruição de ambos, atacante e defensor. É baseada na teoria da intimidação, através da qual o desenvolvimento de armas cada vez mais poderosas é essencial para impedir que o inimigo use as mesmas armas." - wiki brasilsil
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HEIN?
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Eu tenho medo que a nossa geração seja a Geração da Gripe A. Não tem camisinha pra gripe A. Ela simplesmente reina, voa soberana no AR. Eu realmente questiono as precauções. Qualquer tipo de precaução. Ok, se eu estou com a Gripe A eu não posso trabalhar mas posso ir pra Buenos Aires, certo? Simplesmente não faz sentido. A mulher de um amigo meu, que é médico, deixa um roupão esperando por ele do lado de fora da casa. Ele tem que chegar do serviço e lavar todo corpo com álcool antes de entrar em casa. Ele esfrega até o nariz. Ele disse que só falta ela o induzir a fazer bochechos de álcool. Mas sabem o que mais? Ela acaba de descobrir que a melhor amiga da filha está com gripe A. Eu realmente não sei. Eu começo a acreditar na previsão do amigo diretor de cinema: o futuro é a tela do computador. A solidão induzida. A tão temida solidão será questão de sobrevivência. Se você não gosta de ficar sozinho, é melhor começar a praticar. Ou não.
Eu não sei da onde vem essa merda, se é coisa de cientista inglês maluco ou se minha colega-de-trabalho-saudável-30-anos será a próxima vítima fatal. Eu só acho que chegou num estágio que não dá mais pra fazer piada. Ou não. Ao mesmo tempo, o estágio onde não cabem mais piadas é normalmente o estágio onde mais se precisa de carinho e doçura e leveza. In the end only kindness matters - isso deixou se ser um STYLE, isso é mesmo regra, é o que eu sinto; não adianta pânico, não adianta tremor e gritos e corridas malucas. A calma é o maior dom, na maioria dos casos. A calma é mais do que isso, é uma necessidade ROOTS da alma. As rimas me perseguem, eu juro que não queria. Risadas. Onde é o mundo secreto das risadas? Será que é o mesmo mundo dos guarda-chuvas? Se um dia eu criar um personagem favorito ele vai morar nesse mundo, disso eu sei. Fora isso, é sempre ficção.

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ESSE É UM MANIFESTO SINCERO POR UMA VIDA MAIS RUSS MEYER
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UMA VIDA EM BEGE E AZUL E CORES PRIMÁRIAS em geral
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UM MUNDO DE BIQUINIS E SALTOS E BATONS
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BREGAS E FACEIROS
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FELIZES NA REAFIRMAÇÂO DO ÓBVIO
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GEORGE ORWELL JÁ SABIA QUE ÍAMOS DESCER BEM BAIXO MESMO, NESSE NÍVEL ONDE SÓ A REAFIRMAÇÃO DO ÓBVIO
É DIGNA
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///////////////muitosjásabiamuitosjásabiam//////////////////
i want to believe?
//////////////você tem uma mulher louca?
você tem uma escritora, uma atriz, uma pessoa assexuada?////////////////
//////////porque eu estou precisando de PESSOAS ASSIM para o MEU filme./////////////
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= eu estou agora um pouco mais suave, doce e carinhosa. eu consigo pensar com mais tolerância sobre a humanidade nesse momento. teufelswerk é uma necessidade. esse blog é a expressão do meu nightMARe pessoal. isso não é o que eu sou.
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ATENÇÃO ATENÇÃO
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isto não é uma gabriela.
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= não me tomem pelo meu pesadelo em forma de vômito. uigh. que nojo. sou mais verbal que visual agora então posso falar vômito porque sequer conseguirei visualizar um vômito agora, por mais que repita: vômito, vômito, vômito; o nojo eu deixo pra vocês. o fedor alheio é sempre pior que o nosso próprio. e isso foi desde sempre. que nem balinhas doces num saco vedado.
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hehe tá.
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vou dormir. beijos. não me liga.
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BRINKS OK TO DOCE
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Minha bipolaridade freak não passa de sucessões e sucessões de inversões cíclicas dignas de Borges. Issa.
Eu não sou obcecada pela Alemanha, só que simplesmente a gente se entende, eu não posso evitar. Igual, nem sempre. Hoje eu estava revisando paranoicamente um artigo sobre algo como Napoleão/Tolstói, Dostoievski/Hitler, sabe? É, eu também não. Tem viagens que às vezes eu penso que simplesmente não tenho mais idade.
Mas aí acontece uma coisa tipo ontem: tô no carro com meus amigos ouvindo uma estação aleatória e daí tá tocando Island in the Sun, do Weezer:
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PODE VER ASSIM:
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OU ASSIM: (mais ou menos como eu vejo: o mundo como uma bagunça de letras-terra)
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Hip hip X4When you’re on a holidayYou can’t find the words to sayAll the things that come to youAnd I wanna feel it too
Quando você está em um feriadoVocê pode não achar as palavras para dizerTodas as coisas que vierem para vocêE eu quero sentir isso também
On an island in the sunWe’ll be playin' and havin' funAnd it makes me feel so fine I can’t control my brain
Na ilha ao solNós vamos estar jogando e nos divertindoE eu me sinto tão bem que não posso controlar meu cérebro
Hip hip X2When you’re on a golden seaYou don’t need no memoryJust a place to call your ownAs we drift into the zone
Quando você está em um mar douradoVocê não precisa de nenhuma memóriaApenas um lugar para chamar você próprioComo nós vagamos na zonaNa ilha ao solNós vamos estar jogando e nos divertindoE eu me sinto tão bem que não posso controlar meu cérebro
On an island in the sunWe’ll be playin' and havin' funAnd it makes me feel so fine I can’t control my brain
Nós vamos fugir juntosNós vamos gastar algum tempo para sempreNós nunca mais nos sentiremos mal
We’ll run away togetherWe’ll spend some time foreverWe’ll never feel bad anymore
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Sabe? Nem eu. Eu simplesmente fico bem. E nessas horas eu não escrevo. É mais ou menos isso que eu tô querendo dizer. Só escrevo quando estou mal. Será que eu escrevo tanto assim?
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Mais novidades no meu livro. Mas assim ó: a gente não gosta tanto de Clube da Luta? Lembra aquele discurso do nós-não-temos-uma-guerra-nós-não-temos-uma-grande-depressão-nossa-grande-depressão-são-nossas-vidas?
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MAN, isso é tão visonário quanto foi 2001 ou Laranja Mecânica ou Angel Mine. É isso que eu quero dizer com a gripe A. Nossa grande depressão será o confinamento com nosso egos e orifícios mais escondidos que teremos que lidar por uma questão de higiene. E falo de orifícios mentais, sentimentais, o que seja. Acho que já não é. Acho que eu deveria enxugar esse texto. Mas não dá. Ele é a minha colcha de retalhos da vez. E minha colcha é colorida. O Maugham me ensinou. E meu vô também E minha vó também. E eu sempre serei essa coisa meio nada sexy sempre-falando-da-família, tipo meio AIGH, te liberta e vira mulher? Haha. Eu gosto de cavar meus orifícios. Mas acho que tô ficando muito pessoal.
Me libertei, vou parar por aqui. No auge é sempre melhor.
Ou não.
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RETOMANDO:
-Quando eu era criança eu enfeitava linhas. Tenho saudade de enfeitar linhas.
-Quando minha irmã era criança ela me perguntou pra que servia um enfeite. Eu disse que não servia para nada, era apenas um efeito. E ela disse: tá, mas pra que serve?
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FINALIZANDO:
-Bolas, ninguém quer saber da minha vida; vocês vem aqui rir um pouquinho, chorar um pouquinho. Sei lá, vocês conseguem SENTIR?
VERDADE:
-Eu juro que eu queria que fosse bom, mas nem sempre dá.
-Eu tenho problemas com despedidas, começando por me despedir da cama, pela manhã.
-Eu adoro sonhar com hotéis cheios de portas.
-Eu amo vocês. De algum jeito meio oríficio que terá que ser limpo algum dia e parece que em bre. Mas... family comes first. I am sorry.
Love,
Gaby
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-Eu juro que
- q

Montag, August 03, 2009

Ai, ai - at heart

Que a gente só dá valor quando perde, eu já sabia; mas eu queria realmente saber qual a mola propulsora desse clichê inegável. TUDO fica mais encantador e romântico quando longe de uma possibilidade de realização. Antes esse TUDO era meio hipotético e até entediante. Agora, quando penso no referido tudo, acende uma luzinha PISC JÁ ERA e eu sou possuída por uma melancolia que chega a doer um pouquinho. Assim, uma pontadinha na superfície coronária. Será que quando a coisa se torna inacessível podemos pensar com mais clareza sobre ela? Será que essa clareza vem do fato de não precisarmos mais tomar uma decisão? Não existem mais escolhas envolvidas então tudo fica mais claro? Eu quero dizer, quando o referido TUDO está disponível podemos pensar em agarrá-lo com todas as forças ou deixá-lo ir. Quando ele já foi, não precisamos mais escolher, o rumo foi tomado. Então podemos lamentar. Só lamentar?

Isso me lembrou uma frase qualquer solta na internet que li essa semana; falava sobre a dificuldade de tomar decisões na minha geração e apontava como principal mola propulsora a diversidade de escolhas que podem ser feitas; era algo como "não conseguem decidir o que vão ser porque podem ser qualquer coisa."

Então eu penso que talvez seja por isso que só damos valor às coisas quando elas se vão. Reduzindo-se o número de possibilidades, é mais fácil agregar valor. Então agregamos valor ao nosso lamento, que é o único que resta? Ó, céus, eu não sei. Admito que ainda existe uma vasta variedade de escolhas a serem feitas bem diante do meu nariz, mas eu não quero fazê-las. Existem os obstáculos, e não se pode negar a existência dos obstáculos. Eu diria que a própria vida é um tremendo obstáculo para a própria vida. Estar vivo é uma possibilidade muito vasta para que o valor seja agregado. Ó, céus. Mas não era disso que eu queria falar. Eu queria falar de como dói pensar que eu poderia ter ido e simplesmente não fui, e era tão claro que eu não queria ir. Ok, talvez não fosse tão claro. É que, simplesmente, a escolha IR envolvia uma gama de outras escolhas que eu não estava preparada ou não queria fazer. Uma escolha sempre envolve uma gama de outras escolhas e, no fundo, esse deve ser o problema. Quando a escolha que colocamos no centro PISC JÁ ERA, nem pensamos mais nas escolhas periféricas envolvidas. O fracasso da possibilidade desperdiçada toma o centro. O atacante culpa-dúvida-chocolate ataca e GOL. Talvez o importante mesmo seja pensar que as escolhas periféricas continuam ali. Zagueiras? É, talvez eu precise começar a usar melhor o meio-de-campo. E aí volta minha dúvida de preenchimento do vazio-da-fé: devo tentar a religião ou o futebol?
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Uma coisa é certa: preciso abandonar essa forma derrotista e resignada de defender minha inércia em relação às escolhas periféricas: "no fundo eu devo ter feito a coisa certa, simplesmente não era pra mim", "se fosse, teria sido."
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Essa é, na verdade, uma maneira muito preguiçosa de pensar, com a qual eu já me habituei, "o que é teu tá guardado", "escute seu coração". Não sei, sabe. Não confio mais no meu coração, e acho que aqui tenho realmente um grande problema. Eu acho que deveria ouvi-lo, mas não confio nele. Como tornar um coração confiável?
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Grande coisa saber o que precisa ser feito, quero saber da onde se tira FORÇA pra fazer, e nisso o cérebro não ajuda, pra isso é preciso confiar no coração. Como faz?
Viu? Não adianta, tudo sempre acaba no cérebro, e é isso que me mata.
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Sonntag, Juli 26, 2009

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Deutschland


Presente.

falta de amor falta de amor

"There's no other place where we so quickly divide humans into two categories as sex."

---- Gerald N. Callahan,
aqui:

http://www.salon.com/mwt/feature/2009/07/07/xx_xy/index.html


"There is currently no known cause for Turner syndrome, though there are several theories surrounding the subject. The only solid fact that is known today, is that during conception part or all of the X chromosome is not transferred to the fetus."

--- Wikipedia

Freitag, Juli 24, 2009

sobre mergulhar no frio

o sufoco profundo do inevitável que se pode evitar, a sensação gelada opcional dos lares na américa latina. cinco televisões de última geração e nenhum aquecedor barato. enquanto europeus aquecidos em pubs verde-musgo entornam suas cervejas quentes, latinos bebem skol 2,50 num bar de calçada qualquer, 12 graus. hello, mr. soul. sazonal é o vento nas cabeças petrificadas pela areia que voa impune na praia benditamericana. eu quero uma oração que não o deixe, triste, senhor. eu quero uma culpa que me dignifique até as raias da loucura cega segura. eu quero um pathfinder, um relógio e uma música. eu quero a leveza, a tristeza e as novidades que não vão embora. é preciso dar um tempo para a mente, ele dizia, na volta do museu, se recusando a ir ao cinema. alguns chás modificam o dna para sempre, ele dizia. eu devia ter perguntado a ele o que estava acontecendo, será que um dia saberemos? precisamos de frases alheias e óbvias porém consagradas por nomes de poetas e filósofos e sociólogos para legitimar nossas certezas? a gente sempre sabe. o beck faz bem para o cérebro e mal para o corpo, ele dizia. ele dizia tantas coisas que eu nunca mais vou esquecer, e agora como uma louca do teclado vomitando sem maiúsculas nada faz o sentido que deveria fazer. ah, tudo tão pessoal e incomunicável. tudo tão irônico e aparente e humano.

www.kaliyuga.org




êba, outra crise.

“Every time you feel pride, you should contemplate that, spiritually, you are nothing because you have no realizations; as a human being, you are nothing because you are as immersed in samsara as any other sentient being; any praise or critic you receive means nothing because it comes from people as confused and immersed in samsara as yourself.”

Chagdud Tulku Rinpoche

Donnerstag, Juli 09, 2009

Querido Diário.

Eu acho que deveria escrever isso para o mundo... devo escrever isso para o mundo ou para o diário?

Mittwoch, Juli 08, 2009

bomdiabodbylan

uma noite virada
trabalhando
um trabalho
entregue
com o sol da manhã

seguido do cigarro
do dever
cumprido

true
like
eyes
like
fire

nada melhor que essa sensação
de produzir
de fazer parte
de algo

algo maior
que pode ser pequeno
mas aqui dentro
é grande
que nem lá fora
é dentro

minhas pálpebras
cansadas e felizes
e as olheiras fundas
dizem na verdade
que o corpo envelhece
mas a alma com o
trabalho
rejuvenesce

o prazer que
o homem sábio
traz aos meus ouvidos
nessa manhã
de dever cumprido
é um abrigo
um abrigo que só
o é
por que uma hora
choveu


o trabalho é um abrigo
não é um fim
não é um meio
não é um começo

é só o agasalho
de todos os frios
e um telhado
pra todos os vidros.

o trabalho não compensa
o trabalho é ele mesmo
uma recompensa
(óin)

stop crying your heart now
e digo isso com a manhã nos ouvidos
o sol no nariz
e a certeza de nesse momento
só nesse momento
ser truely
feliz
(clap clap senhorita)

Sonntag, Juli 05, 2009

vestida de preto e pranto

eu vejo os casais
o garoto de 20 anos
seduzido pelo decote
de 20 anos

todas as pessoas na noite
tem 20 anos
e estão vestidas
de preto e
pranto

eu estou bêbada
e o vampiro
é legal

e outras pessoas
nem tão legais
que se fodam

que se fodam
muito

estranhos
de merda
morram

motorizados a gasolina de combustão lua-cheia não chega. oh, céus, eu estou estão tão bêbada e quer saber, HELLO STRANGER, BYE BYE STRANGER. chega dessa boabgem de conexão espiritual com esses abobados de merda. fodam-se. o vampiro é legal, é true e sabe da vida. sim, você deveria mesmo temer uma garota ancorada num vampiro. você deveria se afogar num rio de lágrimas por perder uma pessoa tão afudê quanto eu. veja só como eu machuco as pessoas! eu e meu tecladinho! ah, me poupem e assumam-se. travestis de alma fakes e enganadores. fiquem longe do meu coração, ele é bom demais pra vocês mesmo. fiquem com suas relaçõezinhas descartáveis. uma semana de sintonia profunda e o resto da vida como mais um quadradinho na orkut. ah, vão se foder mesmo; não vocês: AMIGOS; fiquem onde estão, amigos. eu sou muito retardada. isso não faz sentido. eu vou acabar no hospício, nós dois vamos; mas tu é muito mais idiota, porque se leva tão a sério, sabe. já dizia o velho buk: é tão fácil ser poeta e tão difícil ser homem. ai, sabe. tomar no cu. tomar em todos os lugares que te agradem. oh, como eu sou ofensiva no meu tecladinho e como devem ser levadas a sério pessoas que escolhem TÃO BEM suas amizades. tenho orgulho de viver no meio de pessoas tão sensatas que não conseguem se libertar da educaçãozinha mulambenta que receberam na escola e se acham tão conscientes espiritualmente. espírito tem a rebordosa. assumam-se e festejem, porquinhos da noite. aterrorizem-se terráqueos, com tamanha estupidez no garoto de 20 anos quando olha abismado e apaixonado pra menina mais idiota do mundo com belos peitos num decote da moda na pista de dança do momento. affe. tudo a mesma coisa. você e sua espiritualidade de internet, os guris e seus amores de pista de dança. nada vem de dentro. que triste essa porra de planeta terra. vamos desenhar outro planeta? fico com meus lápis de cor e deixo vocês com essa bosta de mundo virtual terráqueo.

Mittwoch, Juli 01, 2009

viva o sexo selvagem musical!

Sabe, acho que eu vou ter 40 anos e ainda vou escutar Love Minus Zero e achar que as coisas são realmente simples e legais quando a gente se esforça para vê-las assim. A gente vive em função do outro, essa é a real. Essa coisa de saber demais pra julgar ou argumentar, céus, isso é muito divino, Bob Dylan. Não é assim. Não tem ninguém assim; mas PODE ser assim, se você SENTIR assim, entende? Não é uma questão de PENSAR positivo e sim de SENTIR positivo. Acho que pensar SUAVE pode ser o que eu quero dizer com "sentir positivo"; falar como o silêncio: sem ideais nem violências, mas com olhos de fogo? É, Dylan, mais ou menos isso. E, céus, como ele é bonito; como a beleza e a elegância e a genialidade podem sim ocupar um mesmo corpo. Bob Dylan. Eu tinha um namorado que era assim. Ele era provavelmente o que você chamaria de mau-caráter; é, com certeza bonzinho ele não era mas, de fato, ele era genial e lindo e elegante. E eu era louca por ele. E só agora, passados alguns anos e algumas letras do Bob Dylan, eu consigo começar a entender o que me atraía tanto nele: era essa suavidade de pensamento. Ele não problematizava muito as coisas mas, ao mesmo tempo, não era vazio, entende? Uma alma sutilmente substancial. Era absolutamente fascinante o modo como ele demonstrava que estava me entendendo sem problematizar nada, com um silêncio absolutamente sábio, do tipo que se deleita com as palavras alheias e se desculpa com atitudes e ritmo ao invés de palavras. Por exemplo, uma vez que ele se atrasou, logo depois ele roubou uma rosa, do jardim da delegacia de POLÍCIA, e me deu. Era a rosa mais vermelha e linda que eu já vi; eu tinha ficado olhando pra ela fascinada quando a gente passou pela frente da delegacia, que era a caminho do nosso destino. Eram umas doze rosas, na verdade; enormes, expressivas, com cara de bem-cuidadas e protegidas: eram filhas da rosa neurótica do PEQUENO PRÍNCIPE; eu pensei. Rosas de delegacia! E meu namorado, um verdadeiro pequeno prínicpe, pulou o muro da delegacia e me trouxe uma delas. Pois é, ele era assim. Ousado?
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Ele não entendia porque eu problematizava tanto as coisas, mas era capaz de ficar uma noite inteira ouvindo as minhas problematizações. Passamos algumas boas noites de inverno vagando bêbados pela cidade com uma garrafa de conhaque sempre comprada no Zaffari, e eu falando sobre despertar de mágicos, nove luas, mil universos e Hermann Hesse. Eram boas noites mesmo, e eu quero dizer noites que duravam até às 8h, talvez 10h da manhã. Lembro de uma vez que a gente foi parar numa cobertura que parecia um legítimo ap de Nova York, algo assim ao estilo Woody Allen; bem simples, tipo um super JK, mas com uma simpática cobertura e livros, discos e cervejas por toda parte. A gente nunca sabia onde ia parar e era divertido; a gente só se olhava nos olhos e sabia que ia ser divertido. E o sol a pino. E eu de óculos de sol e blusa florida pegava na mão dele mas, pensando bem, nesse dia a gente nem era mais namorados. Depois de acabar o namoro a gente continuou saindo pra conversar bobagens, ou melhor, pra eu falar as minhas bobagens e ele me brindar com sua compreensão silenciosa, humilde e sábia. Que coisa! E não é que a gente continuava a vagar bêbados pelos invernos que amanheciam quentes em coberturas loucas? E depois a gente sempre terminava tomando um café no bar da universidade pública da nossa cidadezinha vulgar. Era engraçado ver as pessoas indo pra aula enquanto a gente voltava da noite. Eu tinha vontade de ser aquelas pessoas; eu lembro de falar pra ele que eu era metade uma louca da noite e metade uma pessoa daquelas. Eu tinha lido no Demian do Hermann Hesse sobre a aflição do boêmio ao contemplar as criancinhas em suas roupas limpas e brancas de uma manhã dominical. Eu não lembro o que ele disse; provavelmente ele disse "vamos fumar um cigarro no sol" ou algo assim. Não, pensando bem ele não diria isso. Ele nunca fugia de nenhum assunto; era silencioso, porém atento. Um tanto vaidoso, é verdade, mas realmente uma graça de guri - em todos os sentidos que podem ser atribuídos à palavra graça. Ele não era místico e provavelmente fosse ateu, mas com certeza ele diria que acreditava em Deus se a ocasião pedisse; ele diria "mas é claro", e baixaria a cabeça para rir cinicamente com sinceridade. Será que esse garoto foi um dos grande amores da minha vida? Ficamos pouco tempo juntos pra saber, mas o suficiente pra sentir de verdade essa simplicidade das almas sábias. Ah, não sei se ele era uma alma sábia, mas eu gostava do jeito como ele priorizava as sensações ao invés das reflexões e problematizações. Por exemplo, como eu ia dizendo, ele não era místico; mas quando a gente acabou ele disse pra um amigo que era óbvio que ele não poderia dar certo comigo porque, céus, eu era capricorniana! Sabe?


Ser simples é a coisa mais difícil do mundo, mas fácil é uma palavra que não pertence ao vocabulário adulto; só que, paradoxalmente, como pode ser tão simples ser difícil? E tão fácil?

E o que eu queria dizer lá em cima, sobre viver em função do outro, na verdade, é bem simples; é aquela coisa: se você não quer que os outros saibam, não faça; é viver de acordo com "como você gosta de ser visto"; se você realmente entra a fundo nisso, você realmente começa a SENTIR isso? Que você É isso? Você tem uma vida secreta? Pois então vamos mal, assim fica tremendamente mais difícil; é preciso tornar simples os segredos, quem sabe tornar ficção, quem sabe tornar música, quem sabe entornar cerveja e tornar mijo os segredos. Eu acho que eu falo coisas nojentas, às vezes.

Eu lembrei hoje de um diálogo, SIMPLES: um cara me disse que tocava bateria, eu disse pra ele que bateria era difícil, ele me respondeu que tudo na vida é difícil. E depois ele olhou bem pra mim e tirou uma foto da minha cara. Tudo bem, nada demais até aí; porque o incrível mesmo não tá nas palavras (e talvez ele quisesse dizer isso quando tirou a fotografia - talvez não, mas eu gosto de pensar que sim), o incrível era o rosto calmo e SIMPLES que ele exibia ao mesmo tempo que me dizia que tudo na vida era difícil; ao mesmo tempo que ele me dizia que as coisas eram todas complicadas ele exibia aquele semblante despreocupado que só os meninos de 20 anos tem. Sabe? Eu penso demais sobre as coisas. Eu quero sentir melhor. Eu quero sentir as outras pessoas; um escritor precisa de humildade e não de talento. Eu acho.

Obrigada, leitores fiéis. Eu amo vocês; deveras. Eu acho né, eu acho. Ou eu procuro, vai saber. O importante é não problematizar.
Será?
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Dienstag, Juni 30, 2009

a garota com a cortina vermelha nos olhos.

então é o seguinte: essa garota aqui não sabe qual é o problema. ela é minha colega de trabalho; eu a vejo todos os dias com sua caneca da disney lotada de nata gorda nescáutica, ela e sua inseparável caneca-paraíso-chocolatal-de-calorias e seu notebook. ela é bonita, a garota. os garotos gostam dela. gostam mais dela do que de mim, que sou uma mulher. a diferença entre garotas e mulheres é que as mulheres conseguem falar de medo porque não tem medo, de fato. as garotas não compreendem o próprio medo e por isso não falam a respeito dele. as garotas são silenciosas e confortantes. as mulheres são questionadoras e neuróticas.

eu tenho certeza que essa garota aqui tem medo e não sabe. o primeiro sintoma do medo incompreendido é a paralisia. minha colega de trabalho já teve vários problemas com nossos superiores, não por incapacidade, mas por paralisia; ela paralisa afu quando está prestes a fazer alguma coisa que ela sabe que é útil e importante para a coorporação. essa garota fica tentando achar sempre uma uitlidade mais pessoal para o que está prestes a fazer. eu percebo isso, porque ela deixa de fazer as coisas úteis para a coorporação de modo que possa navegar na orkut, por exemplo. e ela fica ali, a coisa por fazer, pairando numa onda de esperança, tédio e paralisia. ela simplesmente clica 40 vezes por minuto no link do seu perfil; é uma reafirmação da sua existência pessoal que não se curva aos interesses da nossa coorporação. um vídeo do youtube travando na tela do seu computador ilustra muito bem a situação: a garota não se mexe para baixar um soulseek, a garota não se esforça a baixar umas músicas num blog qualquer. ela fica ali simplesmente usando o youtube quando quer ouvir uma música, e a música nunca flui sem interrupções, assim como a vida: enquanto a imagem carrega o som falha. veja bem: enquanto as aparências tomam forma, os sentidos se perdem. nada é muito pelo prazer em si. se ela deixasse de fazer os serviços que lhe cabem para comer um sorvete, eu entenderia, quem sabe. mas os doces também tem um caráter meio compulsivo. oh, céus. essa garota deixa muito claro pra quem não quer ver que a gente vive numa era dominada pelo transtorno obssessivo compulsivo.
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a garota não faz muito sentido e sabe disso. a garota quer falar com o coração e não consegue; ela vive em 2009, mas ainda segue o conselho da banda hippie de décadas atrás: "eu não sei dizer nada por dizer, então eu escuto."

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"esse é o nosso som favorito, mas não foi a gente que escreveu"; assim diz o radiohead tocando smiths. assim eu acho que a garota se sente: as coisas favoritas dela não foram feitas por ela. as coisas favoritas dela nunca serão feitas por ela; ela tem medo de fazer coisas que não possa chamar de favoritas. a garota youtubal está perdida em algo que chama de coração, mas na verdade se chama substância química.

eu sei que ela se droga no recreio; eu já a surpreendi no banheiro com folhas de durex adaptadas para enrolar baseados.

a garota não percebe que seu corpo/máquina é uma máquina tanto quanto a engrenagem youtubal.

pra sempre assistindo o amor crescer; inebriada pelas imagens/sons alheios/construídos/para ela.

totalmente químico e irreal.

e o que é real hoje em dia?

frank zappa disse que não se faz mais rock como nos 60 porque os indies tomaram conta; antes as gravadoras pegavam qualquer coisa que tivesse guitarra e uma batidinha e era isso, depois chegaram os caras que "entendem", começaram a "escolher" e cagaram tudo.

é isso. antes as pessoas simplesmente faziam seu trabalho sem se questionar, o que realmente importava era o funcionamento e a eficácia e o lucro - me refiro a todo e qualquer tipo de lucro. - hoje as pessoas se consideram muito espertas para se curvarem a esse simplismo; tudo precisa de um significado mais pessoal, único, cósmico, intuitivo, sensível e ilusoriamente grandioso, mas, na verdade, não passamos de egocêntricos pré-fabricados nos anos 70; somos todos como garotas silenciosas que inevitavelmente se tornam mulheres neuróticas.

a garota do meu trabalho quer um mundo para ela. a garota já sabe que não existe esse mundo só para ela, mas ela não quer outro. ela prefere ficar então com o seu youtube travado. ela espera que algo aconteça sem um esforço vão. nunca mais tivemos músicos como beethoven ou pensadores como freud, por exemplo. a pergunta da garota é: pra que tudo isso?

o passarinho respondeu: au-au.

Sonntag, Juni 28, 2009

Severo é o nome

do homem na máscara de gás;
quantas surpresas por trás
da máscara de gás.

repito:
em caso de EMERGÊNCIA
as máscaras cairão
AUTOMATICAMENTE.


auto-motivo de escrever pra tentar não digerir com sede as vontades mal resolvidas da alma nômade. viaja, alminha, pra onde tem terra na volta e água na saída; voa entre o fogo dos desertos proibidos de um saturno bêbado de licor marrom. a cor do fogo é festa; a festa do ovo é gemada. ha-ha. auto-motivo pra te ver na rua. eu te alcançaria nem que fosse correndo pela montanha de geléia; eu te envolveria, verás, serás o único e o singelo; chegarás na noite mágica de uma caverna dourada. brilharás o verde musgo de um tecido veludo. velarás violência e pazes. veredas ou vielas ou marmanjos em calças de dormir. modelos ou tortas ou relógios animados passeando seus rostos faceiros em um dia de dezembro. eu gosto de dezembro. eu quero abraçar dezembro mas ainda é junho; eu jogo com esses dias sem mágoas nem apreços nem sabonetes coloridos feitos pela aurora. no edifício cosmos. eu não costumo costurar ameixas mas agora eu gostaria de tecer uma laranjada das minha emoções. eu me deixo levar por uma onda meio mamão-memória. o mamão é cor-de-laranja mas a rosa vermelha não é cor-de-rosa. os velcros não são rosas nem rosários ou travesseiros para que se possa dormir sem asas. não sei o que acontece. por favor, me digam.

Samstag, Juni 27, 2009

5 goles de conhaque na garoa

A noite; dentro do peito do homem que sente o suave vento de perfumes refinados em pescoços louros, ao passar pelas mesas suspensas pela força de pés fincados no céu; estrelado e de lua fina. Finos; alguns são finos e bebem vinhos em taças que levam até suas bocas quase encobertas pelos cachecóis listrados. Colorida é a noite e seus ruídos surdos em ouvidos tomados por conversas sobre o fim do semestre em um bairro boêmio universitário. Suave é a noite e seus companheiros bêbados arquejando cambaleantes pelas calçadas que estampam gostos de muitas décadas atrás. Severa é a noite? Por milésimos de segundos pode se esquecer de tudo num pequeno contato de fluidos deliciosos que finalmente parecem voltar a fazer sentidos. Meu amor, ele fala suave como a noite e severo como um homem rústico. Breve é a noite e que seja; que seja um refúgio de mãos quentes e carinhos doces, que seja cerveja ou conhaque ou esquina predileta. Que adormeça bem a noite. Que chova na garoa malvada que cobre a lua dançando em trapos de luz fosca e clara. Não importa se você é duro ou doce, já dizia a letra do jazz que me afaga na manhã que segue a noite, o que importa é que você seja febril. A manhã sempre persegue a noite vadia fugitiva em banheiros desconhecidos e sujos de um bar virulento. É vírus essa noite que não cansa de andar procurando o que ela nem mais sabe quando quase corre como uma viciada em emoções. A manhã quer salvar a noite, a estrela do dia chega antes do amanhecer em um espectro de esperanças mofadas pela umidade noturna dos corações. Corações não são escravos! Oh, não! Como eu me enganei! Corações não são escravos, corações são livres e se encontram e se perdem. Corações combinam ou não; como cores ou penteados ou bocas. Corações não são fáceis de intuir, mas a calma que o teu coração me traz na dança de carinhos da noite é fácil de buscar. O teu silêncio sem sorrisos que depois se tranforma em ------------------------------>
inteligência
prática
empírica
refletida
nas palavras
firmes
como árvores
simples e belas
como flores


é natural
e eu poderia
dormir
pra sempre
no colo
da noite

a
manhã
viria depois
me salvar

como uma heroína
feminista
e me colocar de volta
no berço
do trabalho
again

então não seria
dormir pra sempre
nada seria ora sempre

a bateria do notebook
vai acabar

nada é pra sempre
mas nos teus braços
a minha alegria é

e eu sempre soube
a gente sempre sabe
quando a noite
vai clarear.

G.**

Freitag, Juni 26, 2009

fotografias escaneadas de lili

lili querida,

eu acho que as pessoas deveriam aprender a rir mais de si mesmas. eu acho que grande coisa eu ter te chamado de fedida! eu entendo que você tava menstruada. se você me encher de palavras duras e eu te devolver com um chilique e depois a gente continuar amigas vai ser legal. eu acho que a vida é isso aí. acho que liberdade de expressão é isso aí. acho que todo mundo tem uma porrada de defeitos e todo mundo acha uma porrada de defeitos em todo mundo mas não fala nada. você cairia dura se soubesse que as coisas duras que eu te disse muita gente também acha? oh, não se preocupe, lili, eu não contei pra ninguém que você tem cheiro de ferro. eu só queria dizer que eu não cairia dura se você me dissesse que dizem por aí que eu sou leprosa. eu acharia engraçado. eu teria outro chilique e depois riria muito feito uma louca. tem muita coisa séria na vida pra se preocupar com isso. tem muita mágoa grande que quando a gente sente meio que se dá ao direito de magoar pequenininho e achar que não tá magoando ninguém. pô, grande coisa ser fedida! é só você tomar mais banho, lili. era pro teu bem, lili.

mas eu não quero escrever pra me defender. eu quero escrever pra abrir mentes e caminhos. eu quero te ajudar, lili.

vem aqui em casa, hoje? vamos jogar canastra e tomar um porre e fumar cigarros coloridos? vamos rir do teu fedor e da minha lepra? vamos fazer um ritual pra celebrar os nossos defeitos?


eu acho que o tempo não cura, só refina as mágoas. torna as coisas duras mais macias. grande coisa resolver quando ainda são duras. isso é frieza?

eu acho que rancor
é falta de
senso
de
humor


eu acho que eu deveria aprender a amar as pessoas sem esperar amor de volta, e deveria aprender a amar aqueles que me dão amor. eu acho que amar as pessoas que não me amam é um reflexo do amor que eu não consigo exteriorizar com aquelas que eu realmente amo e que,
EU
R
EKA,
são também aquelas que realmente me amam. sabe, lili, ESCUTE UMA COISA: você ama as pessoas que te amam. se você ama alguém que não te ama, isso não é amor. você já ouviu aquela frase do cinema: "você é aquilo que gosta e não aquilo que gosta de você?", pois as duas coisas são uma só. e vou parar de falar em amor. isso não tem nada a ver com amor. tem a ver com sanidade mental. fucking crazy Era essa nossa, lili. se tem uma coisa que eu não suporto é que a gente vive num mundo muito descartável. e eu amo a realidade, eu não descarto o papel da minha bala só porque ele não é tão bonito. eu uso ele pra guardar outras coisas, quem sabe. azar que ficou melado. lavou, tá novo.


não que eu também não aja de maneira meio descartável; às vezes, com os seres humanos, eu me sinto como uma criança mimada que não aceita que quebrou o brinquedo e quer que ele volte a funcionar de qualquer jeito. aí fico chorando, esperneando, insistindo... até ganhar um brinquedo novo. aí, quando ganho um brinquedo novo, esqueço completamente o velho; mal acredito que sofri tanto por um brinquedo tão tão idiota.

pra onde foi a durabilidade?
pra onde foi a compaixão?

mas eu não posso construir o amor com um martelo, lili, eu sei. eu não sou uma consertadora de brinquedos. eu sou só uma eterna criança mimada!

eu não tô dizendo que você é um brinquedo idiota, lili. pô, lili. eu te amo, amiga. eu queria que você entendesse que eu tô triste; eu tõ decepcionada afu e não quero me sentir assim em relação a você porque eu te amo. você já sabia de todas aquelas coisas e a gente ia continuar pulando a amarelinha, lili! pô, lili! se eu não tivesse tido o primeiro chilique a gente ia estar pulando elástico até agora, com você pensando todas aquelas coisas de mim? eu não entendo isso, sabe, lili. não entendo poque você me enrolou tanto. eu só te chamei de fedida porque você me chamou de leprosa. eu não acho você uma fedida, tá? só não entendo porque você não vai atrás do que realmente quer ao invés de ficar se enredando nesses jogos que não te divertem. ah, lili. você é tão meiga e fofa e eu te queria tanto perto e o teu abraço e eu não acharia que é fake, eu acharia que é compaixão.

o amor não é

uma mão cheia de pitanga
a amizade não é
tão linda e pura e
evidente

cuidado com aqueles
que afirmam
já dizia o velho Buk

me dá uma ceva
um crivo
qualquer coisa
TOC
que leve pra longe
de mim

que pesadelo
meu senhor
que pesadelo

é amor ou
amizade ou
pesadelo
aqui dentro
de mim
tão forte
virado
como um suco
de uva
que parece vinho
mas não é

eu não sou deus
eu não transformo
água em vinho

eu vou me resignar
somos todos
uns filhos da puta

essa é a real

um dia alguém vai me entender
um dia vai

quando eu era criança
eu achava que entendia
o michael jackson

eu tinha um cartaz
do michael jackson
eu não acreditava que
ele era do mal
como a tv dizia

já dizia holden caufield
sempre quando um cara é imbecil
as mulheres dizem que ele tem um
complexo de inferioridade

holden sabia
que complexos de inferioridade
não deixam as pessoas menos imbecis

e nem palavras doces
e nem músicas do bob dylan

eu sei que não há sucesso maior
que o fracasso
e que o fracasso não é um sucesso

o amor,
ele fala como o silêncio
sem violência
ele não atrapalha
ele sabe demais para argumentar
ou julgar

he knows
we can't
build LUV
with a hammer!

amor menos zero
não tem limite.

Mittwoch, Juni 24, 2009

tu tá cheia de vícios, gabriela.

as doutrinas foram feitas pra que a gente enxergue dentro de nós aquilo que tá faltando e não sabemos? Q?

Cala a boca e dança.

Louvo-te humildemente, OH CARNE cheia de imperfeições e emoção!

CALAREI forever. Só danço agora.

oi, são 8h40.

heey
o sol está brilhando
jogando farpas de amarelo
ovo
nas folhas do jardim.

dá muito trabalho
cuidar do jardim
o mato cresce sem limite
o homem corta
e faz o seu jardim

eu tinha um vizinho que deixava o mato crescer livremente
ele vivia isolado planejando instrumentos
para medir a rugosidade do esmalte
dos dentes

ele tinha uma ferradura pendurada
numa árvore
que crescia livremente.

eu acho que ele tinha medo
todo muito tem medo
mas eu acho que ele não tinha amor

o sobrinho o matou
com uma sacola plástica
de super

ele sufocou.
o sobrinho o enterrou
no mato
traseiro da casa.
usou as folhas livres
que voavam pelo mato
selvagem
para cobrir seu corpo.


meu vizinho usava tocas cirúrgicas na cabeça
quando chovia
ele tinha um cabelo tipo Einstein
e lia livros proibidos

ele encapava os livros com
folhetos
de super

e lia no ônibus

eu nunca sentei perto dele no ônibus.

eu queria ter dado amor a ele
céus, o homem é tão limitado

porque eu não dei amor a ele?
eu podia ter batido na porta
com uma enchada na mão
e ter o convidado
pra fazer um jardim.

ele provavelmente não ia querer;

dá muito trbalho fazer um jardim.
precisa de muito amor
pra tocar na natureza

darwin, darwin,
você tinha razão.


tudo muda
tudo se transforma

e eu não tenho verdade nenhuma
comigo
ninguém tem.
você só se engana
quando acha que está sendo
TRUE


ser true não é se expressar
livremente
ser true é cuidar
o amor é uma plantinha.

eu não sei.
eu não tenho a verdade.

mas eu tenho amor.


amor é a mão do vô
cheia de pitanga que colheu no pátio
se inclinando
pra mim.

Dienstag, Juni 23, 2009

teto azul marinho

Eu estava tomando banho e quando fui lavar o joelho esquerdo me deparei com uma enorme mancha assim azul marinho, bem escura mesmo. Fiquei apavorada, pensei se poderia ter algo a ver com diabetes, trombose, essas coisas. Não era uma mancha de bater com a canela na quina da cama, sabe? Era quase preta mesmo, e indolor. Daí lembrei que hoje pelas 6h da manhã, ainda meio dormindo e meio me vestindo, puxou um maldito fio da minha meia-calça preta fio 80 nova. Eu fiquei muito puta, tipo, que maneira de começar o dia! Não pensei duas vezes e peguei o vidro de esmalte azul marinho na prateleira (homens: a técnica consiste em aplicar com delicadeza uma pequena pincelada de esmalte no local do acidente, de modo que o pequeno furo seja coberto e não se alastre), foi meio desajeitada a situação, porque só acordo todas as faculdades mentais pelas 8h, com meu capuccino do Antônio. Enfim, meio que peguei o esmalte a la loca, meio que derramou e meio que manchei a perna no processo; pude perceber no banho. A mancha azul marinho potencialmente cancerígena ou algo do tipo nada mais era que esmalte azul marinho. Eu, como uma boa hipocondríaca, pensei imediatamente: "mas e se não fosse? Já imaginou que horror um dia ter 42 anos, por aí, e aí estar tomando banho e se deparar com o enfraquecimento do organismo assim explicitamente? numa mancha roxa? Já pensou que eu tenho que começar a me preocupar com possibilidades de doenças que eu não me preocupava há 10 anos atrás? Oh, céus, 10 anos passam voando." --- daí saí do foco, claro.



Bom, mas não importa. Eu tive esse teto aí no banho e resolvi começar com ele, porque tenho refletido sobre a hipocondria e eu tenho medo dela, porque ela é paradoxal (como eu), logo combinamos. Pensa só que bizarro: tudo que não é saúde, é problema de saúde; problema de saúde pode levar à morte, logo, o hipocondríaco tem medo da morte. OK. Nenhuma novidade. Mas podemos pensar a morte como o IGUAL e a vida como a DIFERENÇA, no seguinte sentido: tudo que está parado, está morto, estático, não muda = igual. Tudo que está vivo está em mutação, em caminhos muitas vezes erráticos e seguindo leis complexas. O corpo humano é a máquina mais complexa do mundo, logo, o hipocondríaco tem medo de complexidades (importante ressaltar que, me parece, todos problemas que não sabemos explicar estão associados a uma tendência de atribuir sua causa a um 'problema de saúde' - exemplo: pedofilia). O hipocondríaco tem mais que medo da morte, tem medo da vida. Na verdade ele deseja a morte. Ai que medo. Eu não quero morrer. ---- Já falei que amo meus amigos hoje? Eles são as pessoas mais afudês do mundo. Você já abraçou um amigo hoje? ---- Na verdade, o hipocondríaco tem medo do IGUAL porque não aceita a DIFERENÇA, eu acho. É um paradoxo, eu também acho.

De qualquer forma, eu não sei se acho válido discutir esses assuntos, é mais ou menos como a história do ovo e da galinha. Hoje, conversando com uma amiga, cheguei a conclusão de que esse é um problema de gêneros, talvez (tipo, quem veio antes, 'O' ovo, ou 'A' galinha ---- o feminino ou o masculino?), pode ser um probelma da Arte (quem veio antes, o processo criativo ou a obra? a ciração ou o produto?), como pode ser um problema de outras mil coisas; mil coisas que andam em círculos, mas mesmo os círculos são fechados para o exterior, eles ficam dentro do mecanismo da roda; tem um fim, tem um ponto que se liga a outro ponto pra fazer o círculo, mas na maioria das vezes ele é imperceptível e causa sofrimento ao círculo, eu acho. Uma sensação assim de estar perdido. Eu acho que não é assim que a gente se encontra, se perdendo. Eu acho que é raciocinando, o raciocínio é sempre o limite; e o maior tolo é aquele que sempre acha que precisa dizer a verdade. Será? Dizem que existem dois tipos de tolos: aqueles que acham que sabem a verdade, e aqueles que acham que sempre precisam dizer a verdade. -- é uma coisa assim, não tenho bem certeza, aprendi hoje.

Eu não sei. Eu tô lendo um livro bem místico, se chama "Right Use of the Will - healing and envolving the emotional body." É um livro bastante interessante, porque fala da vontade e da aceitação da vontade, fala do desejo como luz e da luz como amor. A grande pilha é aceitar o desejo. A autora diz que o caos chegou por meio da negação de desejos por milhares de anos. O problema é que ela diz que a gente HAVE TO aceitar o desejo. Eu acho isso um pouco contraditório: número 1, porque negar a negação também é negação; número 2, porque me parece mais hedonista do que qualquer coisa essa lance de sair aceitando todas as vontades, paz e amor e woodstock. Eu acho que é válido assim como é válido um livro de ficção científica: pra se pensar como poderiam ser as coisas se os terráqueos tivessem todos essa criatividade linda pra enxergar muito além do próprio planeta, do universo e do cosmos. Eu acho legal como a autora desse livro, assim como muitos autores de ficção científica (exemplo: Kurt Vonnegut) enxerga a vida interior como algo tão simples e livre. Eu acho lindo pensar que uma alma pode salvar um corpo, mas eu não acredito que uma alma possa ser doutrinada, assim como não acredito em discos voadores. Será? Talvez eu acredite em tudo isso, de uma maneira diferente. ---- Eu já disse como eu amo os livros, hoje? Todos eles, até os do Paulo Coelho - só que de uma maneira diferente? -------

O livro esse é "received by Ceanne De Rohan"; eu entendo que o narrador é tipo Deus. É bem peculiar a incongruência do tipo auto-ajuda (adoro); estou na página 25 e observei uma quantidade absurda de HAVE TO e MUST HAVE, ao mesmo tempo que ela (ou ele) fala em liberdade e que a única regra de Deus é o amor, algo assim. Ou talvez eu esteja semanticistazinha freak mode ON.

Eu gosto desse livro, sempre que eu o fecho eu posso dizer que estou mais feliz. Não sei quanto dura, talvez dois cigarros. Mas é bom. Me dá uma sensação de soul power. Depois eu fico bem confusa; eu tenho medo de pessoas paradoxais porque eu também sou (será que Deus é hipocondríaco?) --- não tô querendo me comparar com Deus.
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Sorte de hoje: do velho Buk ----- "The luck of the fool is inviolate."
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Eu devo ser louca de me achar uma pessoa de sorte, mas eu realmente me acho. É que eu tenho os melhores amigos do mundo. Eu sempre me senti muito sozinha apesar de ser muito ligada a minha família; sempre fui uma pessoa meio isolada. Ainda hoje, eu sou; mas o passar dos anos ao lado de pessoas que permancem me fez enxergar que essas pessoas me aceitam do jeito que eu sou. Aquela coisa bem sorte do orkut: amigo é aquele que conhece teus defeitos mas te ama mesmo assim. Eu demorei 27 anos pra me dar conta que eu tenho amigos, de verdade, e isso me faz não ter medo de nada. Bom, quase nada. Mas qualquer coisa, eu sei que posso chamar o Floco pra ir na pracinha fazer um ritual da amizade.
bjsboanoite

medo

de: gabrielalinck@ig.com.br
para: gabrielalinck@ig.com.br
data: 23 de junho de 2009 13:49
assunto: Coincidência...?
ocultar detalhes 13:49 (7 horas atrás) Responder

Coincidencia ..? Abra teus olhos querido(a) Mateus 10:21E o irmao entregara a morte o irmao, e o pai o filho; e os filhos se levantarao contra os pais, e os matarao... Querido(a) Deus tem avisado desde a criacao...Renuncie ao mundo vem pra Jesus .Leia a biblia todos os dias.

Freitag, Juni 12, 2009

então tá, então!

não era nada do que eu pensava, eu me enganei mais uma vez, que novidade! aqui dentro o telhado de vidro desabando na minha cabeça de carne, ah, eu não suporto mais essa dor do engano; o engano de sentir o amor em poros de suor e é só suor, só fadiga líquida, mas nada. eu acho que às vezes poder ser que o amor apareça assim: de um cansaço, de uma necessidade de repouso. é como se as pessoas fingissem que amam meio que acreditando no fingimento, tipo por uma semana; como prazo pra antibiótico fazer efeito, e depois deu. o amor é às vezes um antibiótico: meio caro, meio desconfortável pro corpo, meio sacana mas eficaz.

não. se é antibiótico não é amor, á anti-vida, não pode ser amor. eu estou bem cansada de usar essa palavra AMOR, quanta banalização inútil! eu nem sei o que é o amor, eu fico é alimentando apegos por seres humanos que comem, cagam e dormem. isso não pode ser amor. eu fico alimentando carinhos e mentiras do corpo. ah, benditas mentiras do corpo. eu não sei porque estou escrevendo isso. eu não vou dizer de novo que é tudo tão ridículo de etc. eu só não queria estar enganada mas paciência, eu estou até me acostumando com os enganos. e voltando ao assunto do costume, de alguns posts atrás, eu acho que ele pode ser bem positivo nesse sentido: o costume pode agir como uma arma contra surpresas desagradáveis, a gente se acostuma tanto com o engano que ele acaba virando uma parte chata do jogo, nada além disso. o costume faz a gente ver tudo como um grande jogo onde é necessário achar a estratégia certa com a qual valha a pena se acostumar. quem sabe não é tudo uma questão de estratégia e costume e, é claro, calma. tenho chegado à conclusão de que a calma é a maior benção da qual os seres humanos podem usufruir. eu acho que ter calma não á nada fácil, eu não sei como faz. eu a procuro de formas não muito sadias, na maioria das vezes; como numa carteira de cigarros ou num copo de whisky. eu queria achar a calma de outras formas. na verdade, toda essa minha obsessão com o amor tem a ver com um desejo de encontrar essa calma nesses arredores românticos. eu "as vezes acho que uma boa dose de amor pode trazer calma, mas talvez eu esteja procurando esse amor nos lugares errado. pensando bem, eu acho que o amor é o tpo da coisa que não se encontra quando estamos procurando, porque "procura" lembra também "perda"; só se procura aquilo que se perdeu. e a sensação que fico é como naquela música do renato russo: "essa saudade que eu sinto de tudo que eu ainda não vi". eu acho que essa frase define bem como se sente uma pessoa em busca do amor. aliás, define bem uma pessoa que se PERDEU no meio da busca. é uma busca um tanto estonteante, realmente. sabe quando an gente tá procurando uma coisa e de repente pára no meio e pensa "putz, o que eu estava mesmo procurando?", num contexto que normalmente chamamos de SEQUELA? pois eu chamo de saudade que eu sinto de tudo que eu ainda não vi. tudo que se esquece não é importante, a memória é a reguladora do sentido, já dizia a professora de semântica. mas restam dúvidas, sempre restam; e é por isso que elas também sempre voltam, principalmente no meio da BUSCA. mas e aí, como a gente sabe onde fica o meio da busca, se não sabemos quando exatamente ela chegará ao fim, levando em conta que buscas pressupõe caminho, curso, passagem? ah, não sei. mas eu acho que nem sempre é sequela, acho que pode ser um lampejo de razão no meio de uma série de insanidades que não se conectam e daí POF, dá um choque de falta de conectividade.

falar em conectividade, tô meio wireless, perdi o FIO.

Donnerstag, Juni 11, 2009

aos leitores preocupados na minha caixa de e-mails:

eu não vou me matar. eu nunca jamais pensei nisso. acho que com esses meus escritos, no fim, eu não cheguei a fazer ninguém se sentir nem 30 por cento de como eu me sinto.


não tem nada a ver com morte, tem a ver com renascimento e preguiça. tem a ver com esperança e força de vontade. tem a ver com trabalho e realização. tem a ver com dinheiro e com amor. tem a ver até com maquiagem mas, com morte, não, não tem a ver com morte.

calma.

tá tudo bem.
nada como mogwai para acalmar a alma.

eu amo todos os poros de vida ever.
eu me sinto leve como um mistério
que paira
sem vontade de resposta
pra que desvendar
pra que saber
?
só quero dormir.

e eu me pergunto
com o que você
se importa
meu amor?

cadê a sua alma,
meu amor?

o que você BUSCA?

eu busco uma rotina que vá acabar sempre nessa hora misteriosa e linda, uma rotina com a qual eu possa acabar todo dia sentada no jardim olhando o céu e as estrelas com minha xícara de café e meu cigarro e meu notebook. eu busco, quem sabe, um dia dispensar esse cigarro. eu busco me livrar de todos os vícios para poder sentir melhor a energia REAL que pulsa na superfície da vida. eu busco o fundo escondido na planície supérfula das impressões primárias e genuinas. eu busco uma canção do mogwai dentro de mim, pra depois poder dançar um sonics, entende? eu busco meu bloodflowers interior, só que sem sangue,

eu busco essa paz de céu azul marinho que não ofusca com o brilho nem amedontra com o pretume completo.
-
-
a criança dentro de mim,
.............................................ela nunca virá me dar tchau, ;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;
e eu já sei, eu já estou convencida. fica aqui comigo, então, bebê alma tão bonita que eu amo. eu amo a minha alma e eu busco, bem, eu busco aquecê-la com o calor do meu pensamento. mas o pensamento, bem, o pensamento nem sempre ajuda muito. então eu busco, eu busco o meu coração, quem sabe pensar com o coração mas, meu bem meu bem, é tão fácil confundir coração com irracionalidade, imprevisto, impulsividade e fracasso.

eu busco, não sei. eu busco meus livros pra esvaziar a cabeça e minhas músicas para processar o vazio. ah, eu não sei,

eu estou tão cansada,

boa noite.

glad to be unhappy (ahan)

que mania as pessoas cultivam de querer compartilhar misérias quando na verdade deveriam estar cortando as unhas ou lavando suas roupas num dia de sol invernal, não é? affe. não sei mais. vou escrevendo com culpa, vontade, desespero e raiva. eu estou confusa. eu estou quebrada, eu estou quase morta de desejos e amarelos e azuis e infernais palavras que saem sempre as mesmas se eu não penso "eu quero ser criativa, eu não quero ser uma retardada iludida por contextos envolventes e vazioss. eu não quero TER QUE pensar em pessoas e suas escrotisses, ou suas aventuras, humores, dúvidas, fraquezas... eu quero QUERER". ah, fodam-se todos. e me odeiem também. e me achem infantil. e esqueçam esse blog de merda, parem de voltar pra ver se simplesmente se encontram numa linha qualquer. affe. só estou eu aqui, eu estou SOZINHA aqui, entenderam? não tem mais ninguém; não tem entrelinha, não tem metáfora. cansei afu de tudo isso. cansei afu de todo mundo. vai todo mundo aprender um instrumento musical, por favor. parem de ler jornal, por favor. parem de me dar nojo antes que eu sufoque com o próprio vômito. oh, me desculpem, talvez eu seja muito KRAUT para uma senhorita, mas quer saber? tô rebelde.


eu queria de fato que hoje o mundo explodisse numa bolha cósmica.
será que por algum momento na vida eu consegui, escrevendo, fazer com que alguém se sentisse pelo menos 70 por cento do jeito que eu me sinto?

amor amor amor
o caraleo
com o amor.

no fim a gente sempre se fode, de qualquer forma. como disse um amigo, se você ainda não acha o amor uma grande besteira, é porque ainda não se fodeu o bastante com ele; o bastante pra aprender que todas as coisas que acabam te fodendo são uma grande e fedida merda que você deveria simplesmente levar pessoalmente ao esgoto, como uma espécie de oração.
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( MENTIRA, EU NÃO PENSO NADA DISSO SOBRE O AMOR. EU VIVO PARA O AMOR. O AMOR, INCLUSIVE, DEVERIA SER DEPORTADO DO CENTRO DA MINHA VIDA POIS É LÁ
QUE ELE SE ENCONTRA. EU AMO O AMOR. eu vomitei um pouquinho uma raiva passageira do amor, mas já escovei os dentes.)
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argh. sim, eu estou violenta com as palavras, sim, mulheres não deveriam tentar ser o bukowski. sim, mulheres deveriam ser mais persistentes ao tentar gostar de hemingway, deveriam tentar usar menos adjetivos e menos citações. as citações funcionam como uma espécie de tentativa de dar credibilidade a um texto totalmente demente; tipo "vejam, não sou tão idiota, já li bukowski e hemingway". AH, quem não sabe disso. ah, eu deixo de falar tantas coisas porque acho que são óbvias, mas a partir de agora vou falar, vou falar porque foda-se, entendeu? ai ai. eu estou sendo irônica, ok? eu não usaria tantos palavrões numa espécie de discurso sério, reto, sei lá.

GAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH


O QUEEEEE????


nADA.
é pra ser demente mesmo
é pra ser DOR DE DENTE mesmo
será que vocês
CONSEGUEM
sentir algUMA
DOR?


será que vocês
CONSEGUEM
lavar o caBELO
SEM
condicionaDOR?

fica a reflexão.
ou o asco,
ou o adeus.
ou tudo junto
numa bola de neve
bem gelada
pra presente

é
pra
presente?


não!
é pra passado
mal-passado

que fique cru
que apodreça cru.

NÃO
não quero conversar.
não quero TOMAR UMA CEVA,
AFFE.

quanta normalidade nessa vida!
quanta mesmisse!
quanto tédio motivacional!
quanta atividade babaca
para recreação!


odeio todas.
nem tentem me divertir.
nem tentem me fazer rir.
eu odeio comédias.

.

.

,

.

.

(MENTIRA. EU SOU INCAPAZ DE TER ÓDIO NO CORAÇÃO.)

.

.

,

.
eu acho o bressane engraçado.
mas não de rir.

talvez
com o
canto
da boca

boca
suja
boca
suja

que vergonha, gabriela. um dia; vai que um dia todo mundo acredita.

POOFFF
(fim do post-soquinho-estomacal)

crime e preguiça

Eu penso que preciso voltar a escrever com letra maiúscula no início das frases. Eu acho que escuto as mesmas músicas desde os 11 anos, algumas; e são justamente as que me tocam afu. There's a light that never goes out; elas são assim: uma chaminha de emoção que remete a uma espécie de zona de conforto. Será que a infância é mesmo uma zona de conforto? Eu não sei exatamente o que é conforto, mas me remete também a uma certa idéia de tédio, apatia, rotina e costume; todos misturados num tipo de condiciona-dor da alma com aloe vera, sabe? Uma coisa pra tornar todas as outras (coisas) mais fáceis; mas como só uma única idéia poderia nos salvar de todas as outras? Sou humano e preciso ser amado como todos os outros (humanos)? Não é um pouco melancólico; que nós dependemos de demonstrações de carinho alheias para crescermos moralmente sadios e sexualmente seguros? É um tanto melancólico, no mínimo, eu acho. - vou trocar a música -



The Shins é uma bandinha de merda, não é mesmo? Te assusta que eu diga MERDA, ou pior ainda, estou personificando um corpo textual quando DIGO DIZER, pois na verdade esse texto apenas se limita a TRATAR DE alguma coisa. TEXTOS NÃO FALAM, TRATAM DE; não é um tanto melancólico, no mínimo?



RUN RUN RUN



Que bandinha de merda - vou trocar de novo - enfim; talvez seja isso, ficar trocando eternamente: de música, de amores, de ares, sei lá. Eu tento falar sobre isso escondendo as lágrimas nos olhos pois meninos não choram, rá! Eu sou menina, rá! Não consigo rir igual, nem colorir as minhas mentiras o bastante.



Mas voltando ao amor alheio, eu não sei; não sei se existe um amorômetro de emoções sensíveis ou algo assim; tipo algo que medisse a capacidade sensível de doação individual. Eu custo a acreditar que exsitem pessoas más, prefiro pensar que são simplesmente pessoas carentes de abraços e incapazes de amar. Eu não sei se penso mais assim, no entanto. Eu acho que quando uma falta de amor fica ostensivamente perto de mim, a ponto de eu achar a pessoa malvada, eu não sei, não sei mais se tenho pena dessa pessoa ou nojo. Eu não acho nada fácil sentir nojo de alguém, na boa. Eu acho que a misericórdia é sempre muito mais forte, ou deveria ser. Mas, na real, pra mim é muito fácil falar, já que não tenho um pingo de altruísmo na veia. E, se por acaso eu aparento ter algum, podem acreditar que isso é uma forma de egoísmo extremo: praticar solidariedades para me retratar comigo mesma, para me punir do sentimento ególatra constante, ou algo nesse patamar. E não seria esse egocentrismo todo também necessidade de ser amado? Eu não acredito em solidariedade genuina, mas quem se importa? Quem tá passando fome com certeza não tá preocupado com as motivações existenciais daquele que por ventura o alimenta. Enfim. Não reflitamos, pois.





Voemos; voemos pelas margens singelas de um rio de nuvens a escoltar um arco-íris de prazeres magnéticos que flutuam nesse cosmos de sabores e sons e ventos. E cabeças? Oh, céus, cabeças. Cabeças são como espadas de plástico furando bolhas de sabão. Bolhas de sabão são como o mundo infantil; frágil, voador, fascinante, redondinho, transparente e ao mesmo tempo fluido e misterioso. Oh, céus, fazeis com que estas espadas não furem tais bolhas de sabão. Oh, céus, fazeis com que teu azul derrube todas as pontas e arranhadores de bolhas de sabão em potencial. Céus, limpai-me do mal, ontem e no olho remelento do homem vesgo além.

Mittwoch, Juni 10, 2009

não tenha medo.

de qualquer forma, você nunca vai mudar o que vem e o que foi; não tenha medo: brilhe, tente não se preocupar, um dia todas as estrelas vão cair, de qualquer forma forno fornicando como assim? pq você tem medo? todas as estrelas vão explodir sobre nós como uma chuva de cósmicos pastores que vagam de lilás por uma selva de marinheiros impecavelmente vestidos de azul e marinho e branco e chapéis que escondem um cabelo muito amarelo ovo-podre na panela da menina brincando de fazer comida no jardim da casa da vó.

então não tenha medo, diga pro seu coração parar de chorar, eu estou bem aqui, mesmo distante eu sempre estarei, como se você fosse aquela pérola entre os porcos, ou aquele macio de almofada com tecido sedoso entre todas as carcaças felinas do mundo.

ai ai uai wild honey
sweet sweet honey bee

nem tudo é mel na vida abelha, nem tudo é whisky no copo da gabi. tem um gosto de wildhoney que às vezes não é bom, só é sweet sweet mas açucar também pesa;


GOD
she's so sweeeeeeeeeetie
wild honey
tão alva jovem bela inocente i i i i
maculada
PQ PQ PQ
PQ PQ PQ
tudo é um eterno
PQ abreviado
acho que a tendência é eles ficarem cada vez mais breves até só caberem numa música dos smiths apreciada com chá verde uma vez por semana. oh, wild honey. pq pq pq você não está aqui com seus vinhos e vegetais. oh, wil honey, pq eu estou aqui e não em manchester ou berlin
ou marrocos ou marrecos que somem quando seu habitat natural congela num livro do salinger. pq eu não estou num livro do salinger?
--------------- i wanna go home, i dont wanna stay.


00
minhas amigas são as pessoas mais afudês do mundo.

00

e eu estou feliz; com a minha contradição, com a minha miséria intelectual, com meu humor cambaleante de mulher cansada e persistente, persistente enquanto toma chá de morango e cansada quando toma suco de maracuJááá;

EEH. Ok, amigo
se você veio atrás de sentido
aqui não é o lugar certo
se você veio atrás de literatura
séria e engajada
aqui não é o seu lugar
se você veio atrás de poesia
aqui também não é o indicado
se você veio atrás de mim
bem
você vai me encontrar
se você veio atrás de mim
só olhe pra frente
pois é lá que eu vou estar

atrás
das palavras

ou não.

quando eu era uma garota
eu era confundida por você
todas as músicas que escrevi
foram pra você
agora estou feliz
que você está tão longe
tão longe no tempo
no tempo que
eu via a montanha
dentro de uma concha
de plástico
furada
com caneta bic.

você que é do tempo da tv de tubo
você que é minha mulher de peles
em uma moldura
num livro do kafka
você que hoje me inspira citações
e não mais cartas de amor

você
todos são
você

o inimigo não é o verbo
e sim o pronome.

Mittwoch, Juni 03, 2009

stop crying your heart out

ccccccccccccccccccccccccchhhhhhhhhhhhhhhhuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuinf
i'm scared i'm scared

pois tudo que eu tenho
é
não
try not to worry
oooooh
stop
stop
eu acho o mundo tão triste
quando vejo coisas monstras
que quando quero dizer
contar como é monstra
não consigo não consigo
pq no fim
sei lá
eu devo ser do bem
ah eu sou
simples
bem bem bem
simples
seja qual for
a acepção
pra bem
stop crying your heart out
tá tudo bem
tudo vai ficar bem
ah eu queria tanto ter 13 anos e comprar um saquinho de ovos de chocolate, sentar ao lado da caixa de som com meu disco do the cure; boys dont cry e tal, e tudo estaria calmo, resolvido. resolvido não, resolvido nunca, resolvido nem quero. será? pare de pensar? você aqui do meu lado, será? não
ninguém
não
nunca
não precisa não precisa não precisa
precisa de carinho amigo na sala de aula ensinando os pronomes, precisa de palavra amor amor lealdade saltando no coração do texto
precisa de amor amor pelo mundo, estrela cosmos, pressa não
pressão não
bolha de submarino
lenta
voa na água morna
quente
morna
fria

dança
dança
que eu quero
cair
não rodar
cair
em prantos
fantas
jantas de mármore
papéis de pérolas
falsas
descascadas
no colar da madame velha
não quero
não quero ser velho


mas pensando agora, essa coisa da idade, é tudo tão pouco, tão fraco perto do que realmente dói. e tudo mais; também tudo tão pouco. tudo que nem anima nem desanima, como um dia frio e agradável, como adjetivos que não dizem nada e verbos que flutuam amigos pelo meu oceano semântico psicótico. se eu não vejo razão? é claro que eu vejo é tudo tão escuro! e é claro que eu escureço pq não é tão fácil brilhar e a gente fica escrevendo qualquer coisa pq não adiantaria mesmo o esforço. o esforço dói na cabeça, no estômago, no pé e na pálpebra. o cansaço me pega pelos tornozelos, me arrasta pra varanda e me manda trocar de música;

dois minutos para trocar de música. oasis. algo brega, por favor; garçom, quero chorar.

PAUSEN

voltei. vou chorar vou choraaaar, baldinho. obrigada baldinho, obrigada colega, obrigada mundo por me obrigar a ouvir músicas tristes e bobas. somos todos tão bobos, no final. onde queremos chegar? um dia você vai me achar numa garrafa de champanhe in the sky, isso sim. atirada assim, por alguém que não me quer mesmo, e com razão. sonhando um sonho que eu nunca sonhei eu queria depois, depois dos biscoitos, me responde, bem rápido, pq tudo isso?

CAUSE PEOPLE BELIEVE THAT THEY'RE GONNA GET AWAY FOR THE SUMMER.

tudo mentira. a gente sabe, baldinho. a gente sabe.

Donnerstag, Mai 28, 2009

não é por acaso

que esse blog é preto. caixinha preta navegável, que lama!

imagens imagens imagens

sempre deterioradas, meu bem

sempre deterioradas

pq você não está aqui agora?

pq pq pq

solidão

nem sempre é produtiva

sempre boa

mas nem sempre

produtiva

como convencer as almas

produtivas

a ficarem sozinhas?





ah, meu bem

elas sempre estão, né

e elas adoram, né

as almas artistas

elas aaaaaaamam

a solidão



ai eu sei

eu sei que a resposta

pergunta

meio

fim sei lá

mas não é

com certeza não é

ANIQUILAR

e sim

LEVANTAR

talvez não

CRIAR
PRODUZIR

mas

LEVANTAR

o que quer que seja

nem que sejam

DESTROÇOS

entende?



é claro que não.

ah, meu bem
meu bem
é um personagem
ficcional
pra quem eu posso
dizer
eu te amo
eu te amo
oh meu bem

e quero
ficar leve
pra você
me
LEVANTAR.

droga.

ninguém me entende ou será que sou eu que não entendo que o que as pessoas entendem de mim sou eu?

quanta filosofia barata!
quanto palavreado riponga!
quanto preconceito nos meus dedos-teclado!
quanta amargura em uma só mulher!
quanta mulher em uma simples criança!
quanta criança passando fome
e eu aqui passando o tempo
quanto tempo passando
e eu aqui ruminando
endeusando
poeiras vãs
de estradas que nem
importam
se vai
se vem
onde chega
será que alguém sabe
o que importa?
será que alguém se importa
quando outro alguém diz
verdade é
verdade não é
a ficção não é
a única verdade
a poesia não é
salvação


a minha coragem
que coragem
desperdiçada
quanto erro
em afirmar
afirmar
FIRMAR
é tudo tão solto
tão fluido
tão leve
para a minha
essência
terra
cravada de postes
de luz
internet
placas
placas de
PARE
pare de pensar
pare de amar
o pensamento
isso mata
isso mata o amor
paradoxo
paradoxo
contradição

quem se importa
destruir ou criar
trabalhar ou viver
POR DEUS
PAREMDIVIAJAR
vamos parar um pouco
hein hein
vamos tomar um chá
vamos trocar impressões
de pele
ah
que saco
vamos a lugar nenhum

alguém aqui quer ir a algum lugar?


assim
ninguém vai
ok
não tem um fim
não tem um fim
tudo é relativo
tudo é relativo

e relativo
é um conceito
que não te deixa
não te deixa
fazer o certo
pq
o certo
também é relativo

POR DEUS
é claro que
eu não acredito em
bem/mal
certo/errado
vida/morte
POR DEUS
os fins são meios
já dizia alguém
não sei não sei
azar
eu digo mesmo
eu sinto mesmo
e bebo
e fumo
palavras
e sou violenta
com as palavras
só com as palavras

DIABOS
ninguém percebe
que não pode haver
maldade
quando há
pensamento?
ninguém percebe
que não há caminho
possível
quando simplesmente
não há
MALDADE?

vamos parar de colocar conceitos em tudo?
vamnos parar de escrever, quem sabe?

pq não é possível
realmente não é
possível
continuar assim
com todas essas possibilidades
inúmeras
incontáveis
esplêndidas
boiando
num mar de
petróleo
rico rico
o petróleo
e denso
e grudento


GGGGRRRR
the girl done wrong again.


sempre errada
meu bem
tu tá sempre errada
pq tuas certezas
são de petróleo.

sai daqui

pq vc n gosta nimim eu num cussigo istudah, pq vc num gosta nimim eu num cussigo parah difumah, pq vc num gosta nimim pq pq pq

------> o pq abreviado em minúscula é a figura mais linda que existe: um p de frente pro outro, uma pergunta confrontando outra pergunta, essa é a pergunta de todas respostas.



tal tendência de transfiguração da linguagem escrita tradicional às vezes pode revelar um caráter pretensioso e egoísta, outras pode ser um pedido de liberdade mesmo, mas não sei, tem que sentir. será que sentir errado pode? não, acho que não existe sentir errado, a gente-sente e pronto, tá ali, latejando visceral. sentir é verdadeiro, genuino e revelador. linguagem é transmutação. nada me pesa mais que esses dias de relfexões ocas que não se reconhecem não se reconhecem não se reconhecem.

pq pq pq -----> é tudo uma questão de deixar as perguntas frente a frente. uma hora, de tanto encarar a dúvida, rola um reconhecimento, na falta da inteligibilidade. inteligibilidade, céus, que palavra feia.

i'm so ugly but that's ok cause so are u

when i say i'm in love u should believe i'm in love, L.U.V.


MENTIRA.

jamais acreditem em mim, muito menos nas minhas palavras, o que talvez seja a mesma coisa pois somos palavras; palavras pipocantes nas lembranças, cheiros, cores, mortes, vidas, recaídas, ressacas. o olho do boi no menino pelado na esquina de uma abelha morta que caiu na rua da amargura depois de chorar as pitangas em berço esplêndido. cristaliza sentido, cristaliza. toma meu ar, meu discurso, meu verbo, meu boom-boom-chega, chocolate, pão, whisky, não quero, obrigada, que venha a purificação, que venham os dias de HARD YAKA e que mastiguem por mim todas as velas escorridas que eu não pude. queima lento como cêra de vela dos 30 dias com cheirinho bom. tempo tempo tempo isso aqui não é música do patu fu. tempo tempo tempo chega uma hora que não dá mais pra adiar, de que te serve essa latência débil de monge fake moderno? de que te serve essa pressa de cabelos self-picotados? o cabelo tem que ser BI-tocado. A bituca tem que ir pro lixo e não pro chão. tá tudo errado tudo errado tudo errado mas vamos nos acalmar, meu povo interno da mente e do coração e do estômago, vamos nos acalmar que assim como tudo cansa tudo também se renova e por vezes passar o tempo significa também passar as bases para um novo momento. os feitos de palavras.
-
-
---> MIM ficcional, essa não é minha voz <-----
-
-
chega, deu. passou; focar no profissional. ache a sua felicidade no trabalho ou talvez nunca a encontre, me disse a orkut.
-
-
estaremos escrevendo que estamos escrevendo diretamente em um corpo de texto blogal, sem tempo de reflexões, ajeitações, fakeções, tentativas de aplaudíveis-ções. eu deveria, eu deveria me esforçar mais, mas eu não quero. não aqui. não pra ti. fikadika.
-
-
não existe nenhum TI, meu TI é ficcional, também fikadika. parem de se enxergar onde não estão, hard yaka meu bem. faz bem.

< rasgos

não conseguiria escrever nada hoje que não fosse assim meio rasgado; eu juro que tentei, mas não deu; eu queria contar que esqueci-ontem-meu-casaco num lugar da noite e hoje quando fui buscar, era um lugar do dia; um lugar de ressaca; fedido e menor. o dia não é menor que a noite e eu tenho que parar de tentar medir qualquer coisa que não seja concreta. concretude, concretude, mensagem, fluência, conteúdo. não consigo, tá tudo rasgado; como se alguém tivesse rasgado com tesoura mesmo, sabe? é como pegar um instrumento pra fazer a coisa direita e fazer a coisa esquerda. é uma roda que gira ao contrário querendo sem sucesso sem sucesso achar o sentido primário das essências, como estudar a subjetividade da linguagem; a pressuposição de poder por parte de um falante quando o usa o imperativo,

SAI >

a vontade humana inserida em todas falas/discursos/palavras. tudo SUB >, tudo meio underground, tudo meio morto-vivo, meio sem clareza, sem calor e sem selvageria. tudo meio sem graça como um dia de sono e vontades amenas.

Montag, Mai 25, 2009

eu já passei por coisas horíveis

ainda bem.
pq quando elas acontecerem
de novo
eu já sei
exatamente
como é.

não tudo
mas um pouco

always good to know your enemy
STYLE
depensar

ou
idolatriamacabramedodemim

me afastarei

de tudo que me atrai
por favor
me compreenda


GOD
protect me from what i want

eu quero
o altruísmo
o altruísmo
fazer o bem
pensar o bem
pensar no astronauta
na lua o astronauta
de bengala no sol
o astronauta
num tubo
de aerosol

HAHA
(brinks)

rugas e espinhas

- Espinhos, né. Na real, espinhos.
- Como assim?
- Ué. Espinhos repelem, não repelem? Espetam, afastam. Aquele afastamento rápido, de espanto. É isso que eu quero dizer; as espinhas e as rugas repelem a atração física alheia que tu poderias despertar.
(...)
- Tá. Não foi isso que eu quis dizer. Eu quis dizer que tudo isso que tu disse, sobre "rugas e espinhas" serem duas palavras que resumem a nossa idade, tudo isso tem a ver com decadência também. Não somos mais lolitas, sabe. Mas somos tipo velhas e imaturas. Foda-se também.
- Não é bem assim. Tu sabes muito bem que todo homem interessante e inteligente gosta de lolitas. É quase um clichê. E então, realmente, foda-se, quer dizer, a gente se fode, pois morreremos curtindo homens interessantes e inteligentes.
- Talvez isso signifique que eles não são (sejam?) tão interessantes assim.
- Sim, eles são. Não te enganes. Eles só são HUMANOS.
- Sim. Todo mundo muito humano. Na real, eu disse a mesma coisa que tu: talvez eles não sejam tão interessantes, eles são apenas humanos.
- É.
(...)
- Quer café?
- Não. Já tomei muito.
- Quer um whisky?
- Não, obrigada. Não fumo e não bebo.
- Sério?
- Sim.
- De que signo tu és?
- Peixes.
- Estranho, Peixes é o mais drogado do zodíaco.
- Pra ti veres.
- Tu deves ter algo muito bizarro no fundo da alma.
- Rá.

Sonntag, Mai 24, 2009

Wie ein Mensch sprechen

[falar como gente.]

Dear friend Goo,

Eu às vezes acho as pessoas muito idiotas por não atinarem coisas do tipo colocar uma frase no Google. Eu então fico me sentindo muito esperta por atinar e me considero uma pesquisadora muito ágil. Eu não sou. Eu não sou nada demais. Ninguém é nada demais. Talvez seja tudo uma questão de humildade, talvez o verdadeiro e genuino amor esteja na humildade. Mas onde fica a humildade? No coração, junto com os outros sentimentos sensíveis? Ou na mente, adquirida pela sabedoria? Nos dois ao mesmo tempo? Inter-cruzamento?


Eu acho que a minha angústia não me deixa decidir. Eu acho que vozes sussurando palavras que não compreendo são o bastante para tirar o meu foco. Acho que não consigo pensar em NADA. O grande mote da manutenção do foco quem sabe não seja essa capacidade de simplesmente pensar em NADA. Paradoxo, não sei. Fato é que encontro barreiras no meu caminho em direção ao foco. Encontro barreiras quando tento atravessar minhas emoções pessoais para atingir quem sabe essa humildade necessária para se sentir toda a humanidade NUM SOH CORASSAUM. E tudo que é feito com amor precisa de humildade, eu acho. Quando fico nessas fases muito egocêntricas, dear Goo, não consigo sentir amor. Eu sinto só angústia e não gosto de trabalhar com angústia e então eu sofro.

Eu sei, eu sei. Não quero fazer terapia online, ou talvez eu queira. Não sei. Eu acho que minha angústia não me deixa decidir.

Eu acho que é tudo culpa do meu ascendente em aquário que desfoca todas as capacidades de perseverança e trabalho duro capricornianas. Mais a nostalgia da lua em câncer. Ah, não me xingue. Eu não entendo nada de astrologia, eu só ACREDITO. O meu misticismo é meio assim mais uma crença. Ou uma vontade de ter uma crença. Na verdade, acho que simplesmente MEU MÁGICO DESPERTOU é uma boa frase pra definir meu misticismo.


Preciso me livrar dos bloqueios
das travas
bibi
buzinas
nas curvas
são liberdade
na verdade um grito
de romper
fronteiras

mas só uma fronteira
rompe outra fronteira
rompimento
ou talvez barreira
seja melhor
mas o infernal
é que tudo rima
mesmo quando não quer

e eu não quero
não quero,
eu juro.
acho que a saída
talvez seja
fechar
e não abrir

como uma costureira
uma costureira
do amor.

Samstag, Mai 23, 2009

é tão difícil

hey, hey, fácil é uma palavra que não pertence ao vocabulário adulto; o adulto é um universo que não pertence ao vocabulário dos sonhos; hey, hey, é tão difícil te abrir onde não é sonho, onde não é alma, onde não é assim escondido, abafado no fundo de uma vontade que não se sabe onde fica; se no estômago, na mente ou em ti, coração.

senhorito coração, deita aqui, me deixa te esfaquear, te levar um leite morno depois na cabeceira de um hospital qualquer em oklahoma u.s.a, oklahoma u.s.a. -

me deixa juntar teus pedaços pra fazer meu tapete-obra-da-vida, um tapete de retalhos, um tapete de vermelho-rasga-sangue, um tapete só pra ti pisar, senhorito coração. -

é tarde, é tarde, é tarde. e eu tenho vontade, ah eu tenho tanta vontade, mas é tanta tanta que ela se perde em si mesma e já não sabe onde fica, se no estômago, na mente ou em ti.

coração, coração: me escute você ANTES, pq você não me escuta? gritos de dor e de euforia não são iguais? coração, coração, não consigo te alcançar a não ser assim numas linhas bregas que dançam num teclado de plástico.

é tão triste assim a BUSCA? a gente sempre tem que se sentir assim tão fragilizado, tão exposto, tão abobado? porque tem que ser assim e já não foi quando tinha que ser? cadê a minha infância de porões amontoados de brinquedos que não estão lá? cadê meu relógio das horas de ouro, meu ouro de prata e marfim e buscas em lápis de pontas quebradas quebradas quebradas, as pontas que não param de quebrar e não adianta, não tem apontador que resolva pq é por DENTRO, e quando é POR dentro, não adianta resolver pela PONTA, tem que resolver pelo MEIO, mas nada se resolve pelo meio, tudo tem que ter um início e um fim.

uma obsessão é um meio; uma obsessão não é possível ter duas pontas, ela não tem início nem fim, ela é abstração e por isso é meio, pq as abstrações inspiram, ajudam, matam. tudo que inspira é nascimento e morte quando incorpora o desejo.


nada se resolve com obssessão, é preciso achar o fim e daí o chão, que é o meio, entre o céu e o oceano. eu só quero o meu meio, me dá o meu meio, me tira daqui, eu sei, tá tudo tão perto, tão claro, pra que escurecer se torna mais difícil o que já não é simples? a simplicidade e os impedimentos andam de mãos dados, pois que a falta de adornos limita o ser essencialmente selvagem que sente a ENERGIA na busca que não se completa não se completa não se completa. e a verdade é sempre que: estamos sempre pulando no trem de outro alguém.

pulando
pulando
pulando

até encontrar o chão no fundo do poço mas
no fundo do poço tem uma mola
tem uma mola
comprime
solta
comprimidos
saltam

remédio
remédio da alma
da alma é o ritmo

no ar está a energia que não se vê
virtual
magnética
solta
compressas de erva
para a solidão.

Donnerstag, Mai 21, 2009

sonic youth PLAY neil young MODE on

uma imagem vale por 93 palavras, no máximo. uma palavra vale por qualquer coisa que intencione meu desejo condicionado por letras insanas em vozes que não reconheço. vozes, choques, encontros. para-choques. para-ter-vontade-deficar. para achar abrigo. uma imagem vale no máximo 55 toneladas de voz rouca. uma voz rouca vale tanto quanto um pé pequeno. eles querem levar meu chocolate embora; um chocolate vale mais que dois quilos de sal.
-
-
-
o tempo de consumo de dois quilos de sal é o tempo necessário para conhecer uma pessoa. nunca diga nada a respeito de alguém antes de dois quilos de sal. ou diga. quem sou eu pra dizer. quem sao as palavras, porque eu preciso que elas combinem e porque elas se combinam sem que eu queira. porque o rocknroll is here to stay. fora no azul, mergulhando no negro. como é bom pensar em cores, que sutileza de arco-íris confessional é pensar em escrever colorido. amarelo é o meu sol nascendo que desce laranja e eu quero sempre que fique roxo. roxo é fim, rosa é fim. meu casaco é azul. a laranja está verde. meu médico está de férias e eles querem levar meu chocolate embora. que levem, que levem, que levem. o problema todo é que uma despedida vale por 10 angústias e 10 angústias valem por 10 medos, que desvalorizam o arco-íris.

=

Eu queria ter sido cantora ou um pássaro automático. Eu queria voar, cantar e turn off ao invés de comer, sofrer e dormir. Na verdade, eu nem sofro tanto. na verdade, é tudo uma questão de entender o subjuntivo, quando ele não está lá. Uma questão de entender qualquer coisa que não está lá a partir de sua não-existência e pressuposição. Tudo é projeção, tudo é conceito mas, ainda bem, tudo é também música. E música é amor. E eu sou amor, do teclado ao mouse, da agulha ao arranhão. Um arranhão vale por 12.389 discos.
=

Cansei da matemática gramatical, cansei de fazer sentido sem fazer sentido e o tempo e a memória são os reguladores do sentido, então meu tempo/memória tá bem descompassado. Q que eu ainda quero nesse blog? Pq não um word amigo? Ah, não quero saber também. Vou chutar o balde, mesmo que o balde esteja vazio. E aí não faz sentido, chutar o balde vazio. O sentido é DERRUBAR, fazer ESTRAGO, MOVIMENTAR O EMPIRISMO. Eu não faço sentido, mas a hora misteriosa faz. Eu estou bem feliz pq partirei pra ela agora. O tempo é o regulador do sentido e as horas são os ponteirinhos do sentido. Eu tenho que aprender a lidar com esses ponteirinhos. Odeio setas. Odeio que me digam o caminho. Odeio essas coisas assim bem bobas, então esqueça sobre eu te odiar, dear friend GOO.


GOO GOO GOO
Magia de UMBÚ
sufoco de tetas
murchas
na casca
da uva
azeda


SHOW ME SHOW ME
some some some some
desaPARECE
com a lua branca que reluz
e
as estrelas de grossos pingos
internos
movendo-se
no universo cósmico
dialetal
em direção
à lua
pingando
sangue estelar
morno
visceral
que nem chá
da tia obesa
mórbida
que guarda jornais
e caixas e papelões
e castiçais
e depois vai dançar
um tango
no salão
sozinha
com os casais.



dance this mess around
any ground
to be found

DEUS sensacionalista na veia
é como chuva de ameixa
num céu de bananas
e queixas
e bolos
e doces
e confusões
insanas

Mittwoch, Mai 20, 2009

nada demais

Vejamos. Eu quero escrever. Eu preciso apresentar a minha tradução. O nome do conto é "Ich schreibe kein Buch über Kafka", de Wolfgang Hildesheimer. Hildesheimer é um cara bizarro. Ele trabalhou como tradutor nos Julgamentos de Nuremberg, em 1945, aqueles julgamentos dos criminosos nazistas. Ah, vocês sabem. Enfim, ele era tradutor e escritor. Além do que, fazia parte do Gruppe 47, uma associação literária pós-guerra que pretendia ensinar-democracia pra Alemanha pós-guerra e toda aquela coisa. Literatura engajada não é muito a minha praia. Então, o meu conto, "Eu não estou escrevendo um livro sobre Kafkä" é da fase surreal-fantástica do Hildesheimer. Quais foram as minhas dificuldades tradutórias? Em primeiro lugar, a árdua tarefa de encontrar uma tradução em espanhol no Google, que me ajudou deveras na parte do nó mental. Eu quero dizer, na pior parte, pra mim, de aprender alemão: organizar a estrutura da frase alemã (eu diria OSMOSAR a gramática) na mente. A ordem da frase, no alemão, é insana para nós, brasileiros. Eu juro que, pra mim, é equivalente a um cálculo complexo cheio de conjuntos. Eu diria que, inclusive, as gramáticas em folha de língua alemã, com suas belas variedades de tabelas, são como livros de cálculo. Eu acho lindo. Eu acho que ajuda a pensar, esse raciocínio matemático. É o meu CHÃO. Mas, como eu ia dizendo, a versão do conto em espanhol me ajudou muito. O espanhol é, em geral, uma língua mais afetuosa conosco, brasileiros. Eu gosto de Espanhol, acho carismático. Bom, seguindo com a tradução (importante usar sinalizadores de reintrodução do discurso, oi-professora-de-sintaxe) , a segunda dificuldade foi me certificar de que o autor sobre o qual o narrador do conto escreve (já que ele não está escrevendo um livro sobre Kafka e não é porque é sobre Kafka e sim porque todo mundo que ele conhece está escrevendo um livro sobre Kafka e não um livro só mas sim cada um escrevendo o seu próprio livro), chamado Ekkehard Golch, realmente não existe nem nunca existiu; o que eu já desconfiava, pois sim senhor, eu já li Pierre Menard autor de Quixote, do Borges. Mas me certifiquei. Interessante também que o Hildesheimer era escrituário e viveu a vida toda na mesma cidade, e aí ele escreve esse conto que é sobre um cara que morou a vida toda na mesma cidade. Colo a minha tradução deste trecho:
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Golch, que morreu em 1929, com 82 anos, foi durante toda sua vida – com exceção de uma juventude sem fatos dignos de nota – professor catedrático em Almünzacht, cidade na qual nem mesmo os trens expressos paravam. Esse fato, menos do que sua indiferença por qualquer espécie de mudança, foi o motivo pelo qual ele nunca abandonou essa cidade e dedicou sua vida inteira, com incansável concentração, à confecção de sua obra. ( Meu capítulo “Viagens interiores” trata de tais fluxos de pensamento, mas chega a um plano que extrapolaria o curso desta pequena justificação.)
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E o original:
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Golch, der im Jahre 1929 sechsundachtzigjährig starb, war zeit seines Lebens - abgesehen von einer äußerlich ebenso ereignislosen Jugendzeit - Studienrat in Altmünzach, einer Stadt, in welcher Schnellzüge nicht halten. Wohl weniger dieser Tatsache als vielmehr seiner Gleichgültigkeit gegenüber dem Bereich der Abwechslung ist es zu verdanken, daß er diese Stadt niemals verlassen und sein Leben mit unermüdlicher Konzentration seinem Werk gewidmet hat. (Mein Kapitel «Innere Reisen» befaßt sich mit diesen Gedankenvorgängen und verfolgt sie auf einer Ebene, welche den Rahmen dieser kurzen Rechtfertigung sprengen würde.)
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Gedankenvorgängen (gedank.=pensamentos/vorgang.=processos) virou "fluxos de pensamentos" por questões estéticas. As literais "viagens interiores" eu queria trocar pra "viagens introspectivas", mas achei muito ousado e deixei assim mesmo. As aulas de tradução podam afu minha ousadia, e isso pode ser, sim, um manifesto. Acho que essa seria minha terceira dificuldade. Eu tenho 5 minutos para apresentar minhas dificuldades, então acho válido uma por minuto.
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A quarta dificuldade foi então descobrir se James Boswells existiu - James é o cara sobre quem Golch escreve e que, pra minha surpresa, realmente existiu e foi mesmo o biógrafo de Johnson, o imortal lexicógrafo, também citado no conto. Então, concluindo, Hildesheimer escreve um conto no qual o narrador está escrevendo a biografia de um biógrafo imaginário que escreve sobre um biógrafo real: o Johnson, que era lexicógrafo mas teve que abandonar os estudos e trabalhar como tradutor para sobreviver. Traduzindo para comprar o pão de cada dia; que coisa, não? Será que traduzir é sempre tão assim last-chance (xenomania afu)?

A Wiki também me contou que o tal Boswells foi deprimido durante a infância porque a mãe era calvinista e o pai muito frio com ele; e que o tal Samuel Johnson é o autor de uma famosa frase: "O patriotismo é o último refúgio de um canalha". Mas ainda preciso estudar mais sobre ambos, antes da apresentação, que é sexta. E agora são duas da madruga e amanhã eu tenho aula às 7h30. Mas enfim, só indo pra última dificuldade, que meio se entrelaça na terceira: eu queria muito traduzir o título do conto par: "Isto não é um livro sobre Kafka", para remeter ao cachimbo do Magritte, já que a temática de todo esse livro, "Liebelosen Legenden" (histórias de falta de amor) é surreal e tudo mais. Mas eu acho muito ousado. Será? Bom, só queria compartilhar um pouco, o resto acho que seria muito complexo, então encerro com uma tirinha do amigo Sieber que me odeia:





Beijos para schlafen.

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