Donnerstag, Juni 11, 2009

glad to be unhappy (ahan)

que mania as pessoas cultivam de querer compartilhar misérias quando na verdade deveriam estar cortando as unhas ou lavando suas roupas num dia de sol invernal, não é? affe. não sei mais. vou escrevendo com culpa, vontade, desespero e raiva. eu estou confusa. eu estou quebrada, eu estou quase morta de desejos e amarelos e azuis e infernais palavras que saem sempre as mesmas se eu não penso "eu quero ser criativa, eu não quero ser uma retardada iludida por contextos envolventes e vazioss. eu não quero TER QUE pensar em pessoas e suas escrotisses, ou suas aventuras, humores, dúvidas, fraquezas... eu quero QUERER". ah, fodam-se todos. e me odeiem também. e me achem infantil. e esqueçam esse blog de merda, parem de voltar pra ver se simplesmente se encontram numa linha qualquer. affe. só estou eu aqui, eu estou SOZINHA aqui, entenderam? não tem mais ninguém; não tem entrelinha, não tem metáfora. cansei afu de tudo isso. cansei afu de todo mundo. vai todo mundo aprender um instrumento musical, por favor. parem de ler jornal, por favor. parem de me dar nojo antes que eu sufoque com o próprio vômito. oh, me desculpem, talvez eu seja muito KRAUT para uma senhorita, mas quer saber? tô rebelde.


eu queria de fato que hoje o mundo explodisse numa bolha cósmica.
será que por algum momento na vida eu consegui, escrevendo, fazer com que alguém se sentisse pelo menos 70 por cento do jeito que eu me sinto?

amor amor amor
o caraleo
com o amor.

no fim a gente sempre se fode, de qualquer forma. como disse um amigo, se você ainda não acha o amor uma grande besteira, é porque ainda não se fodeu o bastante com ele; o bastante pra aprender que todas as coisas que acabam te fodendo são uma grande e fedida merda que você deveria simplesmente levar pessoalmente ao esgoto, como uma espécie de oração.
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( MENTIRA, EU NÃO PENSO NADA DISSO SOBRE O AMOR. EU VIVO PARA O AMOR. O AMOR, INCLUSIVE, DEVERIA SER DEPORTADO DO CENTRO DA MINHA VIDA POIS É LÁ
QUE ELE SE ENCONTRA. EU AMO O AMOR. eu vomitei um pouquinho uma raiva passageira do amor, mas já escovei os dentes.)
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argh. sim, eu estou violenta com as palavras, sim, mulheres não deveriam tentar ser o bukowski. sim, mulheres deveriam ser mais persistentes ao tentar gostar de hemingway, deveriam tentar usar menos adjetivos e menos citações. as citações funcionam como uma espécie de tentativa de dar credibilidade a um texto totalmente demente; tipo "vejam, não sou tão idiota, já li bukowski e hemingway". AH, quem não sabe disso. ah, eu deixo de falar tantas coisas porque acho que são óbvias, mas a partir de agora vou falar, vou falar porque foda-se, entendeu? ai ai. eu estou sendo irônica, ok? eu não usaria tantos palavrões numa espécie de discurso sério, reto, sei lá.

GAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH


O QUEEEEE????


nADA.
é pra ser demente mesmo
é pra ser DOR DE DENTE mesmo
será que vocês
CONSEGUEM
sentir algUMA
DOR?


será que vocês
CONSEGUEM
lavar o caBELO
SEM
condicionaDOR?

fica a reflexão.
ou o asco,
ou o adeus.
ou tudo junto
numa bola de neve
bem gelada
pra presente

é
pra
presente?


não!
é pra passado
mal-passado

que fique cru
que apodreça cru.

NÃO
não quero conversar.
não quero TOMAR UMA CEVA,
AFFE.

quanta normalidade nessa vida!
quanta mesmisse!
quanto tédio motivacional!
quanta atividade babaca
para recreação!


odeio todas.
nem tentem me divertir.
nem tentem me fazer rir.
eu odeio comédias.

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(MENTIRA. EU SOU INCAPAZ DE TER ÓDIO NO CORAÇÃO.)

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eu acho o bressane engraçado.
mas não de rir.

talvez
com o
canto
da boca

boca
suja
boca
suja

que vergonha, gabriela. um dia; vai que um dia todo mundo acredita.

POOFFF
(fim do post-soquinho-estomacal)