Mittwoch, August 27, 2008

bringing sexy baaaack



A imagem não tem o objetivo de suprimir o texto, ambos se conectam em uma relação complementar e não de sobreposição. 000000999999999999999ee443awaq Meu teclado não me deixa escrever; não sou mudérna, sou pobre mesmo. As imagens e os textos se iluminam e não se sobrepõem como os meus sonhos suprimem minha realidade. 'os' me perseguem. thinking oooof. offffff. confuso. chega de vazios e cuidados e palavras e pesquisas e moradas falsas. livre associação? eu não me associo em lugar algum, lugar algum me conecta, me complementa ou me suprime. tudo está ok. as coisas são como as frases, começam com maiúsculas e depois vão desistindo. a ideologia é tão linda, as atitudes generosas e românticas são tão belas quando contempladas nas imagens e nos textos mas na real láifi não funcionam bem assim. não somos generosos, não nos interessamos pela vida alheia. sim, eu assumo sua voz e a de quem mais eu quiser; o coração morreu, quem vai reclamar? a alma está de férias, quem se importa? num mundo de reciclagem o descartável interior está em voga. num mundo de gentilezas, o engano é certo. num mundo de grosserias, vivem os acadêmicos internacionais. já diria adoniran barbosa, mulher, patrão e cachaça, em qualquer canto se acha; é aquela coisa de coluna ereta, mente quieta e coração tranqüilo, pois as canções sabem demais. 'a canção que sabia demais é o o nome do meu novo curta'. 'clép-clép'. eu desisti, sabe. sei que a fé na humanidade já saiu de moda faz tempo, a questão é que os mesmos que se pronunciam contra ela, se colocam fora dela, numa ignorância semântica admirável. então, escutem as canções. e mais, ampliem seu modo de escutar as canções. i thought i knew you, what did i know. não, não é um post sobre desilusão amorosa, estou farta dessas também, saíram do meu guarda-roupa, apesar de continuarem na moda. your lips are moving, i can not hear. o amor tem essas coisas de desaparecer toda noite, pelo menos em mim. pois pra mim o amor não está nas pessoas, está no ar. love is the air, já sabia a canção. o amor está no ritmo, nas vozoso, no carinho de orelha interior. nos lugares que a gente lembra, mas não exatamente neles, mas no cheiro deles. no gosto deles. no quanto nos embriagaram. nossos lugares favoritos são tudo que já estava na gente mas despertou ali. por isso, um dos meus lugares preferidos é aquele entre a textura do travesseiro e o barulho do despertador. acordar cada dia com novas imagens deliciosamente indecifráveis, descobrir novos tons e arquiteturas em cidades que misturam o interior da infância e a metrópole aniquilante da idade mudérna. eu te dou sono? vai dormir pra ser genial de manhã, então. eu também vou dormir. eu também me dou sono, eu durmo demais, eu como demais, fumo demais e bebo demais. mas é pq eu amo demais. ha-ha-ha. é pq eu faço essa coisa assim CONFESSIONAL que não dá em nada, sabe. eu gosto dos excessos inúteis. eu adoro cortinas. e, sobretudo, meu MP3 player.

Dienstag, August 12, 2008

jogando arroz pela janela

É engraçado como as sombras da cozinha mudam e dançam e continuam confusas apesar de tudo estar mais claro agora aqui dentro. Eu jogo arroz pela janela para me livrar dos grãos que entopem o ralo da pia de lavar louça. Isso não é relevante, é apenas um começo e bobinho como todos os começos. No último mês conheci mais pessoas e entupi mais veias. [Isso é um meio.] No último mês aprendi a desamar e a querer bem. No último mês não lembro de ter lido ou escrito. [Isso é um fim.] Algumas coisas não estão nos livros e outras não podem ser contadas. Pensando bem, talvez todas as coisas estejam nos livros, mas é diferente. Estou falando de ficar sozinha sem sapatos no meio de uma rua desconhecida em um país estrangeiro. Estou falando de esquecer como se fala e de sentir o verdadeiro frio e a verdadeira fome. A solidão real e física. Estou falando do que não tem como falar e por isso, travo. Estou exorcizando e já nem sei sobre o que eu falava, só pra não perder o costume. Estou falando de não ter talento para falar, ou melhor, estou escrevendo sobre não ter o que falar. Cansei de falar. Meu maxilar dói. Minha mão de pegar a caneta treme e meus braços se movimentam involuntariamente num vai e vem de rodadas grátis. Estou falando daquela luz que vem de dentro do peito e pula no teclado; sem medos, sem projetos visionários ou pretensão vanguardista. Sem breguisse mas com amor. Com breguisse e sem preconceito. Sem sentido. Mas e daí? Não há nenhum conteúdo, é um vagão vazio, ou xícaras, ou bules ou bacias. Sem água, sem chá, sem chopp. Estou falando de paixão e desapego, dimensões que parecem tão distantes (e são), mas que apenas quando se encontram são capazes de nos fazer amar. Amar o inexistente, o vazio, o inexplicável. Amar não de verdade, pois a verdade inexiste e as opiniões nos sufocam; mas sim amar a si mesmo e a cor da plantinha na varanda. Amar a varanda, a vassoura, o balde que transborda lama em uma casa limpa. Amar alguém, claro. Amar qualquer coisa menos a própria confusão, confundir qualquer coisa menos o amor-próprio. E melancolizar pela vida esses conceitos inúteis, donos de nosso ser dilacerante. (OH!). Um tédio de Fernando Pessoa, um ônibus de Julio Cortázar; já não importa. Não sei fazer literatura. Não consigo afastar de meus pensamentos os meninos rindo de mim, mas agora eu também estou rindo; não por achar engraçado, mas o patético também tem seu poder sorrisal. Patética é a comédia das idades e os frutos que amadurecem podres e derrubados pela força do tempo. Patética é a falta de educação e a pseudo-intimidade criada por alguns seres humanos com intuito 'nós somos jovens, somos o exército do sol', queremos viver a letra das músicas mas só de mentirinha enquanto ela durar, tudo é permitido e lindo por duas semanas, mas tanto quanto descartável. Capitalistas-consumistas de sentimentos. Não sei se engraçado ou vomitante, por isso fico com o meio termo meia boca chamado sorriso. Um sorriso de obrigada, senhor, por me livrar dos males viciantes dos desejos sub-20. Um sorriso dos olhos e das rugas da testa. Um sorriso de quem chorou e sofreu e perdeu e ganhou recheio mais-mais. Um sorriso de fruto azedo e brilhante jovial não se compara a este fruto amadurecido e doce e discreto. Seja feio mas tenha a força. A generosidade não recompensa ninguém, o importante é ser forte. E se manter na árvore até o apodrecimento mais retardado possível. O importante é amadurecer preso aos galhos mais altos; contemplação plena do subúrbio sentimental. É preciso estar extremamente perto dos céus e totalmente desapegado de todos eles. Mas não sei, ainda não sei de nada; só que no próximo verão quero pegar um europeu. That's all. Fodam-se as reflezões ezistenziais, tudo sempre acaba em sexo e futilidade.