Freitag, November 30, 2007

Ranhos

Mandalla, lembras de quando te conheci em uma dessas noites de entorpecimento e pilhérias? Lembras do quanto tu me impressionastes com os dotes irônico-naturais contornados pelo aparato sarcástico que só possuem os de alma solta? Lembra da noite seguinte? Pois é claro que te lembras. Na noite seguinte nos encontramos de novo no bar. Não bebi. Dessa vez reparei que te trajavas com a elegância de um falcão. Tu estavas no fundo do bar, perto das caixas de garrafas vazias de cerveja, recostada a uma parede com remendos de madeira. Lembro como se fosse ontem. Um homem te abordava e demorei a perceber que era apenas um pedinte de passagens escolares. Próximo ao teto pendia um retrato de Marlene Dietrich, pobre musa envolta pelo ar abafado de nicotina e vapor alcoólico. Eu observava, tu rias e tagarelavas. Parecias absorta por aquela atmosfera purgatória, como uma deusa das almas penadas. Teu bando de amigos carentes de abraço entragolava-se na primeira mesa do bar. Chovia. Um cigarro molhado pendia nos meus dedos e eu acorrentado ao primeiro banco do balcão. Pedi uma água sem gás. Tu me vistes, me acenastes e continuastes junto aos teus engradados de bebida. O pedinte se afastava com as mãos vazias. Alguns cinco metros nos separavam. Vestias uma saia preta com botões azuis de céu, combinando com tuas meias três quartos. Três quartos de mim quase desmaiaram de deleite, pois sabes tão bem em que parte os homens são visuais! Mas o outro quarto solitário reclamava voz e vontade e talento. Tive medo de quebrar a distância, tive medo de tuas ironias desabarem como flores murchas esquecidas em um vaso sem água e, de fato, desabaram. As flores de ontem, Mandalla. Essa foi a noite das flores de ontem. Nessa noite me mostrastes uma foto tua no cemitério da Recolleta, lembras? Beijavas uma flor morta de caixão. Mas era tão amarela e bonita, dissestes. Da onde vem esse teu gosto por flores mortas, Mandalla? 'Não', me dsissestes, 'eu não gosto de nada morto, gosto é de tocar no que está duro e seco'. Mas isso foi depois, no teu apartamento, o apartamento mais triste do bairro mais faceiro que as noites perdidas já encontraram. Mas isso foi depois, bem depois. Depois daquelas quatro horas que permanecestes junto ao meu colo e minhas vísceras eretas de desilusão em um mísero balcão de taberna. Quatro horas nas quais só aliviastes tua carga do meu corpo para utilizar o banheiro, mas não a descarga. Naquele banco plástico em cores sujo-pastéis no qual eu permanecia sentado falei com teu nariz pela primeira vez, te recordas? Foi então que decidistes me levar ao teu recinto particular e me apresentastes o retrato das flores mortas. Não tinham cheiro, dissestes. Não cheiravam a nada pois os narizes não cheiram, apenas falam e sentem. Shakespeare dizia que as emoções ficam no fígado, tu dizias que ficam no nariz. E dizia que eu nunca te teria se não tivesse antes o teu nariz, se não entrasse em perfeita comunhão com ele. Foi então tu me oferecestes o chá, o chá que eu deveria beber pelo nariz. Dissestes que era um costume russo. Eu acreditei. Acreditei tanto em ti Mandalla, mas, agora eu sei, aquelas palavras saíam pela tua boca, e eram portanto levianas e frágeis como os sentimentos que saem do coração. O que sai do coração vai parar na boca, o que sai do nariz vai pro cosmos interior e rasga. Mas rasga bonito.Tu tinhas razão, Mandalla. Os narizes apreciam tão melhor um bom chá. Então o que eu queria mesmo era te pedir desculpas pelo que saiu de minha boca naquela nossa segunda e última noite, pois não eram verdades de nariz, eram frivolidades para orelhas. E olhos, oh, pobres olhos. Mas não, não me arrependo, Mandalla. Jamais esquecerei os anos que passei venerando esse órgão vil; o órgão da literatura, do cinema, da fotografia, da nutrição visual, ou seja, do impossível. Jamais quero ter olhos novamente, Mandalla, mas não, eu não tinha o direito de te pedir para arrancá-los de mim; entenda que eu simplesmente não queria mais te ver como um nariz, não queria pensar que a sedução que exercestes sobre mim era pura e infantil, que ela jamais voltaria a me impressionar, que as noites de narizes são muitas e as de olhos são mentira. Mesmo assim, jamais deveria ter te requisitado como minha cirurgiã espiritual de olhos, pois não tens espírito, Mandalla, só tens um nariz cordial. Por isso teu corte falhou sobre mim, pois mesmo sem os olhos ainda consigo ver com os ranhos.

Dienstag, November 27, 2007

monotonia glacial

SOBRE O INCÊNDIO E A ÁGUA:

O gelo,
o fogo,
o fogão a gás
e os antibióticos.

O rio,
o vento,
as nuvens.
A natureza
do sangue.

Querido diário,

Meu teto está torto ou talvez tenha estragado, nunca se sabe. O ar está quente e em posições abafadas encontro em mim mesma a grade de respostas, em branco. Do alto, próximo às estrelas mais baixas, cai uma borracha. E adivinhe, bem no meu telhado. A borracha é importante para que eu não me perca em desejos mortos. Os mortos lambem pedras adocicadas de moral duvidosa e por isso não há sentido em se deixar levar por cruéis certezas, melhor perder-se em dúvidas bondosas. Se eu encontrei a saída do labirinto, foi da porta pra fora, e só agora vejo o quanto um erro mortal pode ressuscitar pobres acertos. Não te compreendes? Não me importes.

Tudo é corpo.
Estranhos e íntimos.

Na minha barriga criam-se moléculas que se renovam de quinze em quinze minutos. Meu cabelos já não crescem mais perto de ti e nem minhas mãos continuam tão faceiras de carinho.

[As mãos crescem no planeta das sensações 517; são elos fracos e sinceros, que procuram apenas um instante de suspiro ouvindo guitarras distorcidas. A busca cega, não pense que te compensa, pois não te roga pragas nem promessas, simplesmente não existe.]

Desiste.

( )


O que não existe não há nada igual.

(0)

Querido professor,

Tanto faz se entendes o meu mundo de tua maneira ríspida de julgar o desejo. Tão importante quanto as pedras de dentro é a nossa posição nesse planeta cercado de montanhas rochosas; o isolamento não é tão puro quanto cósmico. As pedras de dentro me atravancam e jamais chegarão a ti, por isso, não te preocupes, concentre-se no movimento das placas tectônicas. Devo confessar que jamais me senti tão serena como nesta banca de palavras e ausências que renovam sentenças a meu favor. Digo, sentenças falsas.

[]

[ ]


SOBRE OS CONTORNOS:


Reto como uma parte de pele rasgada em triângulos. Já não posso acreditar em pontas, mereço uma geometria completa. Já não posso falhar em escolhas que me escapam como ladrões de sonho em quadrados. Redondos? Temos sido nós dois até agora, como que perdidos num círculo que, como todo o círculo, não leva a lugar algum. Mentiras confortantes não me interessam. Obrigada, tenha um bom dia. Um ótimo fim de semana. Não esqueça de lavar os azulejos, eu os deixei na porta de casa, de onde nunca saíram.

//

Querido Examor,

Tortos como as varetas de uma sombrinha quebrada são todos os sentimentos efêmeros. Insignificante como um pingo de chuva na testa pode ser o momento da libertação; quando a piedade pelos mendigos desabrigados substitui o fascínio pela tempestade.

manifesto intergalático

Querida Putiniko,

Desde a chegada da quarta lua não consigo estabelecer nossa conexão, mas essa não é a pior parte. As flores sintéticas murcharam como bochechas velhas e o ar está como que rarefeito de entranhas humanas. O cheiro que emana da superfície me lembra teu chulé; já não consigo dormir no desconforto da nave pois ela roda em ondas côncavas e não convexas. Ainda carrego teu rímel comigo e me ajoelho perante ele nas noites sem água. Começaram ontem a borrifar, junto com a lua. O ritmo parece um tanto desordenado mas eles acabam sempre acertando. Entretanto o que eu queria mesmo te contar é um tanto mais assustador. A Terra é oca e nós vivemos no meio e não na superfície, como supunhamos. Ontem quando desligamos a rádio as superfícies de contato se grudaram todas. O nazismo, a estético, o super-homem e a Terra. Não estamos na borda, estamos a bordo. A bordo de uma imaginação não utilizada e que reclama ouvidos multifacetados. A bordo de um lapso-colapso morno e fétido (quando me alimento, me culpo e me absolvo em goles de demência). Meus olhos agora dormem, acredite. Estar aberto não significa absolutamente nada. Vivemos em uma época por demais distante dos Deuses para nos acreditarmos sábios, cara Putiniko. Vivemos numa era por demais afastada dos Gigantes. Hoje conheci um deles, se chamava Robson 314. Há 12 mil anos Robson 314 não conversava com um intergalático, e não pareceu agradecido. Impressionante como os gênios não podem ser compreendidos, por intermédio de tal vã conclusão passei a acreditar em ti de novo. Jamais duvidarei de teus dotes culinários novamente. Beijos e me liga.

Samstag, November 24, 2007

esse bateu ou giz de calcário.

(escrito na escadaria da Barros Cassal na madrugada passada. OU presente?)

Doida de ócio nos confins do vuduzão. E aí guerreira? Meus tênis estão podres com púrpuros restos carbonizados de fumo chovendo em ondas do livro, escrevo que preciso e preciso de + papel.


+ PAPEL
(a caneta falha)


Outros títulos da coleção Livros de Ouro.

Bíblia
Ciências Ocultas
Deuses e Deusas
Evolução
Felicidade
Flores
Futebol
Heróis da História
História da Música
História do Brasil
História do Mundo
Mente
Mistérios da Antigüidade
Mitologia
Mitologia Erótica
MPB
Papas
Profecias de Nostradamus
Revoluções
Santos
Sonhos
Universo
Zen

(VIRA O VERSO E VOLTA)

Papel, papel, papel; eu precisava tanto de papel e agora tenho o papel palpável não sai nada inteligível na esquina dos barros vuduzando uma pilha acidental. Gabriela horrorizada suplica ao motorista de táxi -----------------------------------------------------------------------------------------------------------> chega o táxi. Fica a caneta.

Pin Ups em vermelho e branco e um jogador de beiseball com uma enfermeira. Os dois discutem. E o pior, estava acontecendo.


-----> Ainda tem o papel. O vudu, vamos afastá-lo. Na verdade é um gângster e um jogador de beiseball.


Ok, acho que ainda está acontecendo. Mas não, não posso voar.


GiCa-Amo a vovó diz:
ai mais tu juraa q nao conta pra ninguem
GiCa-Amo a vovó diz:
pela tua vida

Meus amores. Meus amores. Meus amores. Sem amor nada se cria. Ponto. Açucar. Algodão doce. Vinho suave. Nuvens de chumbo. Camisetas listradas em azul e bordô. Prédios e faixas branco-azuladas. Sacadas. Não tem estrelas, só na música do Beach Boys,


arthurcolorado97@yahoo.com.br diz:
ism,tah aham
GiCa-Amo a vovó diz:
Tata
GiCa-Amo a vovó diz:
mas jura q nao conta
GiCa-Amo a vovó diz:
tu sabe se alguem gosta de mim


------------> dentro do Juca Batista.


Hora do almoço. Eu tenho computador todos os dias. Todos os dias. Eu quero que a Gabriela saia.

Saí.

Mittwoch, November 21, 2007

uma merda como qualquer outra.

Eu me sentia tão bem com aquela nova parceria que poderia discorrer sobre qualquer assunto corriqueiro, desde a forma como o cachorro velho urinava arqueando uma das patas traseiras com a dificuldade típica dos anciãos, até o modo como o odor azedo de minhas axilas seduzia meu olfato ao fim de mais um dia de tédios cansativos. O cansaço havia por fim me dominado e quando eu pensava que tudo estava indo pela privada abaixo junto aos meus excrementos espumosos, ele apareceu. Tinha contornos arredondados mas em geral era disforme por completo. Eu não podia afastar o pensamento dele desde que o vi abandonado ali, flutuando em um mar hostil de bolhas ensaboadas e sujas. Tudo que eu precisava parecia estar contido em meu bolo fecal.

Sonntag, November 18, 2007

O sentido da vida está na versão de Siouxie para Dear Prudence dos Beatles.

"Há dias que são de amanhecer", ele pensou esmagando o último cigarro no cinzeiro de madeira que trazia o dizer "Buenos Aires" ao fundo; palavras curiosas para se estampar em tal recipiente mas, tudo bem, a vida é mesmo curiosa, e os hábitos também. Ali estava ele descontraindo com seus botons de plástico e se sentindo como numa música do Television; escutando a chuva e ouvindo algo mais, que com os pingos invadia o cinzeiro e fazia boiar os restos de nicotina prensados em pequenos cubos de papel. Restos. Vulgo "Bitucas". "Mutucas", pensou, também se chamam algumas moscas. Ele gostava de ser assim hiperbólico em seus pensamentos. Mas naquele dia ela iria embora, e isso ele não conseguia tirar da cabeça nem com divagações mornas de fim de tarde chuvoso. Peripécias desimportantes fazem realmente sentido frente a uma situação de desespero amoroso, percebe-se que elas realmente são desimportantes. Ele finalmente havia chegado a uma conclusão em sua tola vida, e era essa, a da desimportância dos acontecimentos bobos e divertidos. Naquele dia não, naquele dia nem Stallone Cobra o faria rir. Ela vai embora e ele não tem mais cigarros. Ele não tem mais cigarros e afinal de contas os cigarros não fazem diferença; no entanto, mesmo assim fazem falta, just like her. Ah, coisas de música. Ah, ele não queria mesmo falar sobre isso, não havia nada a ser falado a não ser boas-vindas solidão.


E a solidão só começa quando todo o resto terminou, quando se percebe o fim que há em tudo e a incapacidade que temos diante do tempo e do tudo. Esse tudo bobo de reflexões existenciais. Esse tudo que fica tão nada quando alguém vai embora, que morre um pouco a cada dia a saudade e mata um tanto a cada noite os começos. Há noites que são de amanhecer e dias que são de acordar. Ela havia proporcionado a ele todas as noites de amanhecer, mas depois roubou todos os dias de acordar. A menina dos cabelos verdes conduziu nosso protagonista a um sonho eterno de ilusões estreladas regadas a cerveja quente. E agora deixava só o frio; quem ela pensava que era? Ora, ele mesmo diria, num daqueles lapsos que duram segundos e mudam um TUDO inteiro; ele simplesmente deixou de se importar, talvez tenha achado um segundo cigarro no fundo do peito. Green is the color, mas também desbota.


Ele acendeu
e morreu.

E tudo começou de novo; o jardim de infância, as brincadeiras de roda, o chocolate derretido no fundo da caneca escrito 'mamãe'. Mamãe Natureza que abençoe nossas divinas perdas. Papai Tempo que se foda. Essa história de tempo não passa de decomposição física. Num mundo sem rugas, nada disso faria sentido. Mamãe Natureza é mãe solteira e eu sou bebê de proveta.
Não quero mais falar dele, é óbvio que ele sou eu e a ficção é o escudo dos fortes. Fortes precisam de escudo? Ah, me dá a minha fraqueza de volta, eu gosto dela. Ela que vai embora hoje e se cobre de verde pra afastar o negro. Ela que vai me deixar e eu serei então uma pessoa melhor, ela que não é de mentira. Ela que é mais quente que cerveja do Bambu's amanhecendo num copo plástico.


Adeus, gatinha. Somos todos feitos de um pano rasgado, e os buracos também protegem, mas um dia a gente tem que costurar pra não cair. Cair de muletas é tão mais difícil. E por isso eu vou reto e de ponta.


Desejo a todos que um dia descubram, como eu, a sagrada verddade contida no BOM Mergulho. Pois eu sou demais; sou roxa de frio no mar e vermelha de calor no sol. Eu sou de todas as cores, não preciso de verde. Compre um lápis de cor você também e vem pra cá. Vem com a tia brincar de bobagem e esquece o resto.


Viu? Ela já foi, passou. Pra dentro? Através? Tanto faz, desde que passe. A mutação é o fim de tudo que há e o início de tudo que será; será? Quem sabe, ganha um beijo negro.

Dienstag, November 13, 2007

patinetes, férias, outono.

Por Deus, preciso ir ao banheiro, mas seguro, seguro até a hora do sono deles. Que eles durmam, que ronronem, descansem, descasquem como feridas abertas. Mas que não tentem me fechar! Preciso abrir esse fecho e soltar o mijo. A larva sacerdotal sgrada do folk. A mística líquida e sóbria. Sóbria feito vinho e cantante feito égua com gás. Estou curada. Mijei, passou.


Agora é só panela com arroz e feijão, adeus sobremesas e enfeites de cabelo. Comi todos os lacinhos, despenteei todos os pêssegos e fiz chapinha nas laranjas. Agora chega de fruta, meu fresco, chega de sentidos adocicados, quero café preto com maracujá; pra continuar assim, solta das amarras do bagaço.

Vamos lá, quem não quer que vá brincar de roda ou se atire da gangorra. Quem tem medo de ser brega que mergulhe numa Vogue ou compre sapatilhas de ballet.

Não tenho mais paciência para os bons modos, os bons modos não tem alma, só calma.

Eu não acalmo, eu grito e suporte quem também não se suporta.

Adeus, amor, eu vou voltar de onde saí pra sempre estar longe do perto e perder de vitória.
Nada que sai de mim voltará. Jamais.


------------ Don't worry, man! I'm from the internet! ------------


[Histórias de detetives? Jornalismo cultural? Confortinho para indies? Jamais, jamais.]

Sonntag, November 04, 2007

Dirty is beautiful

Caminhando todo dia para um canto escuro, não te encontro, não te escuto, não te toco. Caminhando todo dia para longe de mim, cada dia mais perto da ilusão migrada para os confins da ditadura apaixonada. APAIXONADA, louca, vazia, cheia. LOTADA, lotada de aranhas enroscadas em parafusos e melindre de donzelas em contos de fadas. Amarrotada em minhas roupas mal-passadas do verão retrasado. Infeliz em meus sapatos chiques desperdiçados em privadas e privações. Marota. Foda-se. Morram. Morre tudo. Que morra tudo aqui dentro, vocês não sabem de nada, não sabem porra nenhuma, tô cagando pra vocês, morram. Continuem se apaixonando por garotinhas dirigindo automotivos na noite porto-alegrense. Conitnuem buscando esse conforto mofado e fedido, pois meu suor vale mais que 100 litros de gasolina. Sim, tô cagando. Te mata, te consome, me consome, me sufoca. Te fode, me fode, me come, me morre. Where's my mind. Não me importa. Te queria agora aqui. DE NOVO. Sim, de novo. Depois de tanto tempo estudando o amor patológico, não adianta. AMO,AMO, AMO. TE amo, te venero, tu me enlouquece, me pira, me desloca, me sufoca. Me mata, me... me..... meeeeeeeeee DEIXA!!! Por favor, me deixa! Como faz? Como faz? Como me livrar disso tudo que me mata aos pouco pois sim, eu deixo, eu te deixo me matar, eu te deixo me fazer ridícula, me fazer infantil, me fazer idiota, me fazer fugitiva. Sim, fugitiva, não passo de uma fugitiva charlatona e sem categoria. Sou o caos de todas as peles, todas as acnes, todos os narizes, todas as fodas. Sou o caos que não dá certo em nada nem em nunca. Sou o caos que me fere com ponta das facas afiadas nos teus dentes me mordendo, me cortando, esfacelando, não. Não dá mais. Não dá mais. Obrigada, querido baldinho de vômito.