Sonntag, April 06, 2008

vampiro dos quartos possíveis

[you're my cuuuuuuuute pie, yes, you aaaaaaaare..]
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Não sei no que vai dar mas, como sempre, vou indo, me deixo levar por essa pessoa que aqui do meu lado dorme, por vezes acorda, boceja e volta ao seu sono profundo; daqueles que foram mordidos e carregam marcas aos pares; assim descansa a querida vítima dos meus hormônios da vez - minha voz - assim voa na nave-cama-karma; algodão doce perdido no parque das minhas alegrias - minhas alergias curadas, meus travesseiros usados.
Roubei teu doce como de criancinha, mordi teus pezinhos perfumados de talco. Ursinho. Mindinho. Pequeno e singelo como todo o afeto, meigo como um balão que flutua nos teus sonhos de agora, de agora enquanto escrevo e te olho e te perco. Porque viver é perder a cada dia um azedume a menos. Poque morrer é deitar no teu abraço e sentir as peles do mundo. Como coelhos e gatos e pássaros, todos num só abraço. Porque te ter é abrir a janela escura de madrugada e não ter medo, só estrelas; e te ver brilhar como uma delas dentro do meu peito. Delas? Não, meu. E a possessividade grita, e vem, nocaute, briga, versa-vice. Visse o verso? Me pegou. E já eras. Voou o amor, mais pra dentro da minha janela. WRONG! É pra fora que se faz, é dando que se fica sem, é tendo que se atola as perdas. E os danos? Desconheço, vou vivendo e não entendo, tuas vozes de sonâmbula, morte.

Sorte? É o sono tranquilo da torta esfriando na janela.