Donnerstag, April 10, 2008

standing on the right so you're printed on the left

'Mode, erklärt Garance Doré, sei wie die Creme zwischen zwei Kuchenhälften - sie halte alles zusammen.' [ Die Zeit, online]



Para os diabos com a moda, com a figura, com a massa indistinta de pensamentos; para os diabos com as regras, as sugestões, os conselhos. O que importa é a Aids, o que importa é a dor, o que importa é a morte, o que importa é chamar de vida o que nos acostumamos a chamar de Deus, e chamar de Deus o que nos acostumamos a chamar de Demônino. Devil's haircut, I slept with the Devil, I am Dervil's new luv, Teufelswerk and so weiter... MODA, o demônio tá na MODA.

Mood
emos
então
a moda,


vamos falar de blogs amadores, fodam-se os ponto.com, fodam-se a elegância virtual; vamos falar da moda da Azenha, vamos falar dos discos em capas mofadas de papelão em lojas do centro da cidade.

Não aguento mais essa cidade.

LET'S PRETEND WE DON'T EXIST, LET'S PRETEND WE ARE IN LOVE.

Desassossego como um mar de ressaca no inverno, trazendo para a areia as mais belas e afogadas jóias, descansando sob o sol que se mistura ao frio e ao céu azul. Blues, marca da tristeza; a palavra forte, a força das palavras, a falta de nexo e o excesso de vírgulas. O excesso de amor pelo mundo me faz odiar as pessoas, sinto todas tão distantes, sinto tudo tão imaturo quanto uma maçã verde em um quadro de sala de jantar. Excesso de mim mesmo. Sinto tudo tão pouco como um grão de feijão num grande parto de porcelana. Sinto demais. Sinto que vocês não entendem, que se sentem muito espertos, que se matam por parágrafos aleatórios em páginas de recados virtuais. Sinto que vocês não são o que parecem com seus piqueniques ao sol e amigos fazendo careta em fotologs. O circo humano me cansa e me fascina, mas a festa da humanidade reunida serve só para dizer que estamos todos invariavelmente dentro. É isso, o que mais me irrita em vocês, os outros, os sem fotolog, é que não conseguem ao mesmo tempo criticar e ter noção de que estão dentro da MESMA MERDA. Assim, em garrafais, pra agredir, porque não sou Caio Fernando Abreu pra dizer coisas doces aos corações duros. Porque, mamãe, ninguém me entende. Porque, mamãe, a senhora é uma falastrona.



AAAAAAAAAAAAH, eu queria tanto escrever uma história de amor, uma história de gente boa com final feliz. Mas não dá. Eu acho bonito nas letras do Of Montreal, mas em mim não fica bem. Não 'senta', sabe?


Pois quero mudar os meus assentos. Quero mudar minhas concordâncias. Mudar minhas inspirações e meus substantivos cansados e velhos. A onda, o amor, a vida, deus... ó, ruína!


Esse não saber o que se escreve e essa necessidade escrever, esse não saber como evitar e esse desejo de devorar, massacrar, morrer em abismos de teclado.


AAAAAAAAAAAH, que morra, então; me deixa partir, me deixa desaparecer; me come com sucrilhos.