Mittwoch, August 15, 2007

I remember being inside something more than you

Eu gosto de ler os jornais de três dias atrás todos juntos com você. Gosto da torta velha da padaria às 7h da matina com você. Gosto do teu cabelo, do teu cheiro e da minha breguisse dizendo tudo isso. Gosto quando tu comenta. Gosto quando tu some. Gosto de saber que tu vai gostar. De saber. Que eu te amo. Que você sempre esteve aqui no fundo do meu jardinzinho de margaridas e ervas daninhas e eu não pude te desenterrar por estar atolada até o pescoço de algo pior que areia. Gosto de saber que tu sempre respeitou o meu tempo como um castiçal de ferro antigo esperando queimar uma vela de um real.

E agora estou aqui, como um jardineiro negro apaixonado pelo patroa. Como um cachorrinho de madame trancado em um quarto cor-de–rosa. Estou trancada em você, meu bem; e minhas metáforas são bregas como todas as cartas de amor. Mas não quero ver o pôr-do-sol. Não quero tomar chimarrão em programas biofashion. Quero beber todo o teu caos como uma pin up lambendo sorvete em uma revista erótica dos anos 50. Quero o teu zíper.

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Não, mentira. Eu quero mesmo é o amor que tu me mandou procurar no trabalho voluntário.

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