Donnerstag, Mai 21, 2009

sonic youth PLAY neil young MODE on

uma imagem vale por 93 palavras, no máximo. uma palavra vale por qualquer coisa que intencione meu desejo condicionado por letras insanas em vozes que não reconheço. vozes, choques, encontros. para-choques. para-ter-vontade-deficar. para achar abrigo. uma imagem vale no máximo 55 toneladas de voz rouca. uma voz rouca vale tanto quanto um pé pequeno. eles querem levar meu chocolate embora; um chocolate vale mais que dois quilos de sal.
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o tempo de consumo de dois quilos de sal é o tempo necessário para conhecer uma pessoa. nunca diga nada a respeito de alguém antes de dois quilos de sal. ou diga. quem sou eu pra dizer. quem sao as palavras, porque eu preciso que elas combinem e porque elas se combinam sem que eu queira. porque o rocknroll is here to stay. fora no azul, mergulhando no negro. como é bom pensar em cores, que sutileza de arco-íris confessional é pensar em escrever colorido. amarelo é o meu sol nascendo que desce laranja e eu quero sempre que fique roxo. roxo é fim, rosa é fim. meu casaco é azul. a laranja está verde. meu médico está de férias e eles querem levar meu chocolate embora. que levem, que levem, que levem. o problema todo é que uma despedida vale por 10 angústias e 10 angústias valem por 10 medos, que desvalorizam o arco-íris.

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Eu queria ter sido cantora ou um pássaro automático. Eu queria voar, cantar e turn off ao invés de comer, sofrer e dormir. Na verdade, eu nem sofro tanto. na verdade, é tudo uma questão de entender o subjuntivo, quando ele não está lá. Uma questão de entender qualquer coisa que não está lá a partir de sua não-existência e pressuposição. Tudo é projeção, tudo é conceito mas, ainda bem, tudo é também música. E música é amor. E eu sou amor, do teclado ao mouse, da agulha ao arranhão. Um arranhão vale por 12.389 discos.
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Cansei da matemática gramatical, cansei de fazer sentido sem fazer sentido e o tempo e a memória são os reguladores do sentido, então meu tempo/memória tá bem descompassado. Q que eu ainda quero nesse blog? Pq não um word amigo? Ah, não quero saber também. Vou chutar o balde, mesmo que o balde esteja vazio. E aí não faz sentido, chutar o balde vazio. O sentido é DERRUBAR, fazer ESTRAGO, MOVIMENTAR O EMPIRISMO. Eu não faço sentido, mas a hora misteriosa faz. Eu estou bem feliz pq partirei pra ela agora. O tempo é o regulador do sentido e as horas são os ponteirinhos do sentido. Eu tenho que aprender a lidar com esses ponteirinhos. Odeio setas. Odeio que me digam o caminho. Odeio essas coisas assim bem bobas, então esqueça sobre eu te odiar, dear friend GOO.


GOO GOO GOO
Magia de UMBÚ
sufoco de tetas
murchas
na casca
da uva
azeda


SHOW ME SHOW ME
some some some some
desaPARECE
com a lua branca que reluz
e
as estrelas de grossos pingos
internos
movendo-se
no universo cósmico
dialetal
em direção
à lua
pingando
sangue estelar
morno
visceral
que nem chá
da tia obesa
mórbida
que guarda jornais
e caixas e papelões
e castiçais
e depois vai dançar
um tango
no salão
sozinha
com os casais.



dance this mess around
any ground
to be found

DEUS sensacionalista na veia
é como chuva de ameixa
num céu de bananas
e queixas
e bolos
e doces
e confusões
insanas