Sonntag, März 15, 2009

Não quero esquecer

das coisas que aprendo.

Vou trocar o vinil. Neil Young pra despedida. Chega. Tá ficando ridículo. Ridículo não merece despedida, ridículo merece BRINDE, e por isso vou ouvir o Nat King Cole. E fumar um cigarro? Nããão. Tenho algo melhor. Tenho minha mãe. Tenho meus papéizinhos. Tenho esse seu olhinho me espionando, safadinho. Que horror. "Amante da vida". Tsc. Eu não quero esquecer de nada, vou treinar: Goethe me parece um cara bastante revoltado com as questões religiosas e de castas. Eu acho que ele não aceita muito bem sua condição, mas não exatamente por ser a sua condição específica, com dificuldades específicas, mas simplesmente por que toda dor vem de não poder ser outro. Talvez eu esteja meio profunda. Nat King Cole me salvará. O adstrigente também. A boate acaba com a pele dos semi-idosos-meia-idade-adulta-pós-adolescentes. Ah, eu também odeio especializações. Ah, o Nat King Cole é tão bem-humorado. Nada pode ser levado a sério num sábado à noite, essa é a verdade. "Die Wahrheit". Ando tão inserida nos trabalhos tradutórios que quando profiro uma frase já automaticamente penso como ela se construiria em alemão. Ah, eu sou louca. Acho que Goethe também era. Goethe não teve foco durante toda sua semi-idosa-meia-idade-adulta-pós-adolescente. Goethe queria foco, talvez utilidade universal. No fim ele diz que deveria ter sido médico. Não sei. No fundo é sempre reconhecimento, ou começa assim ou termina assim. Sei lá. Boa noite. Reflitam. E não 'se achem', isso é muito feio. Contar vantagem é clichê, seja pela estética ou pelo poder. Acordem. Ou durmam. Sei lá. Cada um sabe de si. Eu sei que gosto de conversar com vocês. Eu adoro não saber se é hipotético ou não. Eu adoro palavras, eu adoro a minha janela e essas nuvens brancas-gris de uma madrugada exausta. Eu adoro o cansaço e o sentimento de dever cumprido. Dever? Uma piada, talvez. Talvez não, talvez como em alemão, "Dienst", serviço. Palavra de ordem. A recorrência das palavras é determinante. Mais dois são quatro, quase quatro e meia. Tô louca, poetizando indecentemente, me deixando levar por sei lá o que. Enfim, o importante é que eu me divirta, imagino. E torço. Otimista. Fã de auto-ajuda. Malandra. UHu.

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