Sonntag, März 08, 2009

doce demais fica amargo

Tipo um exagero de gotas de adoçante.

Oh, vida, é tudo tão metafórico.

Que dizer de "em caso de emergência, as máscaras cairão imediatamente"?

Que dizer do meu sono de você? Esse sono que é meio um sonho inspirador, difícil de explicar. Queria me fazer gentil à tua atenção. Quem sabe um dia você se orgulhe das minhas rosinhas faceiras e crescidas, no cabelo. Quem sabe uma hora a gente se cruza sem metáforas, eu de vestido e você de cachecol. E então você me convidaria para um café e estaríamos transmitindo a nossa ligação.


Você tem mentiras nos olhos mas não no coração. Suas fumaças são de cinzas semi-queimadas. Eu enxergo uma cortina delas sendo cortada por ondas de radiação afetuosa. O que você está esperando? Por que não abrir as janelas e deixar sair a fumaça? Quem sabe eu páro de fumar. Eu mataria por você, mataria em mim essa vontade de perder-se por entre florestas imaginárias de algodão. Doce? Não, amargo. Amargo como esse vazio que me deixa a saudade das tuas palavras jogadas ao vento sem a gente saber da onde veio. Eu não acredito em Nordestão. Os ventos precisam correr direito. Eu não quero acreditar em nenhuma desordem; eu não quero que você seja meu caos, pára de ser meu caos, por favor. Tá tudo errado. Era pra ser alívio e salvação, era praser arco-íris de emoção. E é um prazer murcho, fatigado, dormido. Dorme, dorme que eu durmo também. E amanhã mais um dia a gente acorda, cada um na sua cama, cada leite na sua caneca. É tão óbvio que tem que ser assim. É tão óbvio que não precisa, não precisa, não precisa. Ninguém precisa de ninguém, a solidão com TV a cabo é solidão? O que acompanha e o que aprisiona? Vícios ou quem sabe salsichas. Morcegos ou talvez dentes de plástico em festa de bruxas. Outubro ou Fevereiro. Ah, chega esse tempo que tanto faz, e tudo termina num vai-e-vem de nostalgias, lamentos e preguiças; salvos apenas, quando se tem sorte, pela cor do dia, ou pelo calor da noite, preta.

Bom dia, noite. Branca.

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