Montag, Oktober 01, 2007

Tombo tur

Me sinto tão cansada até para lembrar da voz dela me jogando todo o fracasso de uma vez como um balde de chumbo. Me lembro dela dizendo que as únicas coisas certas eram a vida e morte, e o quanto isso era impressionante. Eu a disse que filósofos durante toda a existência quiseram descobrir o sentido do intervalo e não conseguiram. Não sei o motivo pelo qual estou contando isso. O motivo pelo qual estou hoje tão cristalina e exausta. O dia me pesa como cores amarelas e laranjas berrantes; as vozes me invadem a raiva adormecida. 'Tô torcendo que ele caia', ela disse; 'ele precisa mesmo é de um tombo, tá precisando de um tombo'. Eu gargalhei. Não podia ser possível tanta ingenuidade e falta de noções básicas em relação a desejos e punições.

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