Sonntag, April 22, 2007

spirit desire & sad monkeys

Pegue minha mão e meu coração e me leve para suas lágrimas. Coma meu lábio cortado pela latinha de Fanta Light. Tire minhas vestes simples e me diga que sou a única em algum lugar vizinho às minhas razões. Perturbações de ordem circular estão descartadas, o efeito colateral é popularmente conhecido como sentimento de inferioridade. A razão do espetáculo é o riso, e o riso é a afetação da obsessão humana por suas próprias falhas.

[as dúvidas sempre divergem sobre ir ou ficar]

.

Um disse para o outro que no momento que esse colocasse seu poema na janela do ônibus, o poema já não seria dele; mas um poema já não é seu quando você o escreve. Esse café já não é seu no momento em que você começa a colocar o líquido para dentro; o dentro-lugar não é individual, nem pode possuir. os macacos que sorriem nos meus tênis estão tristes. A primeira pessoa não é confesssional. A segunda pessoa não é o outro e a distância da terceira é uma ilusão; adultérios são tão comuns quanto chamadas de telefone móvel não atendidas; e a mobilidade é a única constância da fragmentação; mas fragmentação do que? Confrontar respostas não dói tanto quanto não compartilhá-las e a obsessão é tão particular quanto os finais.


[se ali acaba, aqui começa; e sempre foi assim. Um adeus é como a sorte de um mochileiro nos países do primeiro mundo; o primeiro é aquele que está à minha frente e, portanto, atrás de mim.]


Todos os sentidos são bíblicos and you're my spirit desire.

{Dear Prudence, won't you come out to play?}

5 Kommentare:

Anonym hat gesagt…

te juro que isso me deu um pouco de medo.

Anonym hat gesagt…

hauhaudhsahdh

TEMA

Anonym hat gesagt…

brrr

Eyevan hat gesagt…

– Talvez eu fique com você, aqui... – disse eu, apavorado com a ternura selvagem de Zorba. – Ou talvez vá com você. Sou livre!
Zorba abanou a cabeça:
– Não, você não é livre. A corda que o amarra é um pouco mais comprida que a dos outros, é tudo. Você, patrão, tem um barbante comprido, você vai, você vem, pensa que é livre, mas não consegue cortar o barbante. E quando a gente não corta o barbante...
– Vou cortá-lo um dia! – disse em tom de desafio, pois as palavras de Zorba me haviam tocado numa chaga aberta e me fizeram mal.
– É difícil, patrão, muito difícil. Para isso a gente precisa de um bocadinho de loucura; de loucura, está ouvindo? Arriscar tudo! Mas você tem uma cabeça sólida, que vai levar a melhor. O cérebro é um vendeiro, tem suas contas: paguei tanto, tenho tanto em caixa, aqui estão os lucros, aqui as perdas! É um pequeno lojista prudente; não põe tudo em jogo, guarda sempre umas reservas. Ele não corta o barbante, não. Segura-o solidamente na mão, o velhaco. Se o barbante escapa, o coitado está perdido, perdidinho! Mas se você não cortar o barbante, me diga, que sabor pode ter a vida? Um gosto de camomila, de insossa camomila! Não é o gosto do rum, que faz a gente ver o mundo virado do avesso!
Calou-se, serviu-se de vinho, mas mudou de idéia.
– Você tem que me desculpar, patrão, eu sou um rústico. As palavras colaam nos meus dentes como a lama nos pés. Não posso compor frases bonitas nem fazer gentilezas. Mas você me compreende.
Esvaziou o copo e olhou para mim.
– Você compreende! – gritou, como se bruscamente ficasse com raiva – Você compreende, e é isso que vai perder você! Se não compreendesse, você era feliz. Que é que lhe falta? É jovem, inteligente, tem a grana, uma boa saúde, é um bom sujeito; não lhe falta nada, que diabo! Só falta uma coisa, a loucura. E isto, quando a gente não tem, patrão...

(Nikos Kazantzakis, Zorba, o Grego)

Bruno hat gesagt…

A vida não é mais uma ordem?