Mittwoch, April 11, 2007

carta ao ursinho perdido

Esta vida é imbecil e não há nada o que se possa fazer a respeito. Nasce-se em uma família doente, morre-se a cada evento social com vaias pedantes. Os decepcionáveis, incríveis; os incríveis, tão fúteis, tão mascarados, tão estilo ao ar livre corrompido. Detestáveis. Imundos em sua limpeza. Descreditados em sua criatividade. Nulos, sem sentimento, valor e constância. A constância não é importante, mas dignifica. Poesia é bom, mau é o indianismo. O indianismo pop, doentio, sedento de afetações criança-frustrada. Dizer que já não se sabe se quer ser entendido é pouco e cansativo; a metalinguagem em geral. Faroestes e sangue; me atraem. Era só isso que eu queria dizer. Foda-se. Os excluídos, por favor se compadeçam da minha exposição imbecil. Imbecil, imbecil, imbecil. O batido que bate. Forte. Não há público, não há amigos, não há banda. Encerrem-se. Morram. Tudo fica claro no escuro caminho de volta. A rua e suas árvores anoitecidas de sangue verde, o chão e suas pedras de lustre velho. Eu não enxergo, eu não enxergo. Socorro! Todos os meninos são tecnológicos. Mas o modernismo tardio não cola, querida. Vamos falar do Deus que não estava lá e do homem que esperou demais. Os dois se foram, corrompidos pela falta de reconhecimento e amor desinteressado; mesmo o amor de devolução me interessa, fodam-se; guardem seus 10 reais e esqueçam que eu existo; mas esqueçam mesmo, por que pra isso não há esforço requerido.



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A garota foi à festa, nenhum menino a notou. Ela chegou em casa e comeu um sanduíche com um copo de Nescau. Desgustante.

2 Kommentare:

Anonym hat gesagt…

Green Bear!

Anonym hat gesagt…

Não, não há nada que se possa fazer.
Li algo interessante sobre adultos ontem: "O estado adulto não julga, trabalha com fatos."
O desinteresse cheira a bálsamo para frustrações, no melhor estilo blasé. Aprendi com o tempo que não deve-se esperar nada de ninguém nem de lugar nenhum, e isso simplifica e muito as relações; o que se dá deve também ser despretensioso, pois o valor é relativo e a gratidão ainda mais, e o que é recebido, se aprisiona é inútil (buscar outras fontes).
Nesse mundo não tem herói ou bandido, o compromisso é a busca, e na maior parte das vezes não sabemos que busca é essa ou o que queremos encontrar, ou pior, quando sabemos o que queremos, conseguimos e o troféu mofa na estante - igualmente inútil.
Já senti tanto na pele o peso dos julgamentos que tô encascorada, e exatamente por isso me causar asco, evito repetir o comportamento.
O mundo é lugar onde usualmente pessoas convivem anos com uma imagem criada, projetada, pré-concebida e portanto, desconhecida - uma loucura pensar dessa forma: o mundo é dos autistas.
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Gosto de ti sem porquê.
Muito envolvente tua língua afiada e o raciocínio incomum, dissociado, pitoresco.
Fica bem tá?
Só mais uma nulidade, como tantas outras (porque até o tio Dodô soube ser medíocre).
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Ah! Já ouviu falar em anarcopop?