Sonntag, März 25, 2007

prezado martírio, eu sofro.

{as pernas quentes por baixo da calça de lã; no sol escondido por trás de canções de uma nota, só, nos discos usados metidos em plásticos; rasgos. retalhos. revoltas nas ondas de calor repartindo cabeças de metal aos papéis.}
O meio do vício fica na esquina do peito com o fundo dos nódulos, disse o cigarro de palha ao suco de laranja.

- eu não estou entendendo.

[Just watch her falling down.]

A menina era assim tão linda em suas blusas pretas de bolinhas vermelhas ou em seus pijamas de peixes e ursos. Ela era simplesmente tão doce em sua delicadeza de óculos de plástico no rosto pálido e fresco; ele amava a menina. Ela era simplesmente tão incrível em suas danças malucas e dentinhos; tão colorida em sua elegância monocromática; tão móvel em seus silêncios musicados. O rapaz aguardava na sala amarela da vida.

As pernas frias despontando no lençol alvo de bolinhas de pele suja, a água viva em túneis de ilusão. O cão. A inveja confessa em frente aos retratos nos murais de plasma. O meio do amor fica no fundo do pé na esquina das unhas, disse o suco de laranja ao cigarro de palha.

- eu não estou pensando.

[I’ve got to see her again.]

O rapaz era assim tão confuso em suas palavras imprecisas nos lábios cercados de cravos. Espinhos era o que ele gostava de sentir. Ele era assim dão doído em seus sentimentos de inferioridade em um xadrez contínuo de linhas verdes. Musgos. Nas cordas do peito era unicamente tão drástica aquela prisão de gritos e bocejos. A menina corria de mãos dadas com a morte.

Os balanços de angústia e as formas curvadas da noite nas sombras. O medo das calorias no copo de leite. Imagens feitas de palavras são soluções perdidas, ou jamais vistas.

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