Donnerstag, März 01, 2007

But never guess how the him would scream

Estava ouvindo Flaming Lips, mas troquei para New Order. Me sinto tocada pelas mãos do próprio deus, o senhor que nos ilumina rumo à escuridão eterna. Fogo, chamas, lugares abafados, Ian Curtis. Houve uma enchente de ratos mortos em Manchester quando Ian Curtis arrancou a própria vida de dentro da alma (e é interessante como o termo “própria vida” dá uma idéia de suicídio), quando homens arrancam a vida de dentro da alma, os ratos transbordam. Agora penso que minha substituição de Kurt Cobain por Ian Curtis tem um fundamento por demais auto-destrutivo.

(...)

Percebo que não consigo explicar meu amor de forma lógica e racional e nem mesmo de forma nonsense, só consigo pensar em solidões pesadas de meninos vestidos de preto tomando cerveja nas calçadas de outras cidades, cidades às quais eles não pertencem. E penso que chegaram de bicicleta. Imagino um homem lindo e glamouroso enchendo os olhos das lágrimas mais transparentes que o líquido da garrafa. A transparência é uma virtude? Pode ser, mas impossível imaginar a entonação ou a altura de seu grito.

Não, eu não acho clichê falar da impossibilidade explicar o amor. Acho que o racional pode dar conta, sim, acontece apenas que ele é tão transparente, que deveria escrever um livro. Eu li no bar que há pessoas que são tão sinceras que precisam escrever (um tanto demagógico?). Mas não vou emitir opiniões, só fofocas infundadas (no meu peito-precipício lá lá). Digo ao gigante olho inchado dentro de sua calça jeans, não se reprima!

Falar com o povo é falar consigo mesmo. [É o tchan!] é um grupo musical que representa o ser humano refletindo sua condição perante a sociedade.

Sleep well – feel well.

2 Kommentare:

Anonym hat gesagt…

"From safety to where", achei lindíssimo (de maneira não tão convencional) imaginar ratos transbordando os boeiros quando Ian Curtis se matou. Kurt Cobain por Ian Curtis é algo simplesmente sábio.

em desconstrução hat gesagt…

Materializei