Donnerstag, Februar 22, 2007

A incomunicabilidade



"A noite" e "O eclipse", de Michelangelo Antonioni.

9 Kommentare:

Anonym hat gesagt…

O meu predileto é "A noite". Os silêncios do filme são muito inquietantes traduzindo uma rara beleza através da imagem.

(ha ha.)

Beijos

Anonym hat gesagt…

Oi :)

Tu já assistiu "As amigas"? É bem diferente da trilogia, inclusive por ser uma comédia. "A noite" também é o meu favorito, disparado.

Anonym hat gesagt…

Não assisti "As amigas". Não sou muito fã de Antonioni, Fellini, etc. Mas respeito. E acho "A Noite" _exclusivamente_ bom, sabe?

Anonym hat gesagt…

Entendo. Mas eu também não gosto de Fellini. Já gostei (e muito), mas agora só restou mesmo o "La Dolce Vita", acho que ficou muito bonita a história em P&B.

Mas neo-realismo italiano realmente não me toca nem de leve. Não consigo entender o que as pessoas vêem de tão engraçado em "Amacord", por exemplo.

Anonym hat gesagt…

Concordo contigo quanto a "Amacord", assisti só uma vez, faz muito tempo e lembro de ter ficado extremamente passiva e entediada ao assisti-lo. Só não considero este filme neo-realista porque é um filme que o Fellini fez bem depois do neo-realismo, bem após o periodo da segunda guerra mundial e também não traz consigo a "temática e estilos de filmagem neo-realistas".
O fato é que não sou fã do cinema italiano, exceto por alguns como o extremamente humano e sensível "Ladrões de Bicicleta", que é um filme lindíssimo e que coincidentemente é neo-realista também.
Mas na verdade nem sei o que estou falando.
Eu gosto mesmo é de "Uma linda Mulher" com a exuberante Julia Roberts.

Anonym hat gesagt…

E ah, acabei de ver BORAT. Godard? Fellini? Truffault? Bergman? Woody Allen? Fantástico! Fantástico! Borat é melhor!

Anonym hat gesagt…

Sobre o "Amacord", talvez tu tenha razão; eu tenho essa mania leviana de colocar todo o filme anti-fascista no mesmo saco do neo-realismo (mas acho mais injusto colocar Godard, Fellini, Truffaut, Bergman e Woody Allen na mesma turminha). Sobre o "Borat", achei interessante mesmo a parte do papel-higiênico, e acho válida a discussão sobre choque cultural ou como tu prefiras chamar, só acho uma pena que o filme tenha utilizado a imagem de tantas pessoas sem autorização, o que constitui um choque nem tão grande assim de interesses entre o país criticado e o país que assina o filme.

Anonym hat gesagt…

Eu não coloquei aqueles diretores na mesma turminha, só os citei na mesma frase e depois citei o diretor do Borat porque eu acho que ele merece um lugar no palanque, junto com os cultivados.
Eu achei "Borat" um filme muito válido, o personagem é bem construido, as situações que ele se envolve são tão reais quanto o personagem mesmo. Inclusive, admito ter ficado constrangida e angustiada em diversas situações, como a cena do antiquário.
Sobre ele ter usado a imagem de tantas pessoas, etc... Sinceramente? Achei que isso foi o mais legal do filme - deixando o meu lado ÉTICO de lado por alguns intantes. É legal porque enquanto ele se passava por um personagem que conhecia a America, as pessoas que não eram meros personagens conseguiam ser mais absurdos que ele! Falavam coisas estapafurdias, como aqueles caras da Carolina do Sul, que falavam sobre escravas sexuais. Enquanto ele era um mero personagem as pessoas eram reais. Mas de qualquer forma compreendo o que tu sentiu. Eu sou judia, muitas vezes durante o filme eu pensei em ficar brava, mas como eu nunca, nunca faço uso do meu lado "espirito esportivo" (nunca mesmo), achei que neste caso poderia ser bom usá-lo (necessário talvez).

G hat gesagt…

É. Eu não ando com muito espírito esportivo também. E com relação ao cinema sou mesmo uma velha chata. Acho que outros diretores como Fassbinder também mereciam estar no palanque (usei-o como exemplo de personalidade alemã em uma aula de ALEMÃO e ninguém conhecia, nem a professorta). Mas isso está fora de contexto (ou eu estou).

Voltando ao Borat, agora lembrei que uma vez tu comentou que gostava de Midnight Cowboy, e eu achei muito legal aquela brincadeira do início colocando o Borat na pele do Joe Buck. Fiquei pensando se eles estavan ironizando realmente a questão de que os americanos são avessos ao contato físico imediato ou se era uma questão de como eles retratavam isso nos anos 60/70 e como retratam agora.