Montag, März 10, 2008

Empirismo pictórico

(sobre o real ordinário que se choca contra o amadurecimento da alma mística-interior.)

Misticismo foi uma palavra muito usada pelas vanguardas européias.

As vanguardas européias entorpeciam-se; entorpecer-se nada mais é do que uma tentativa de retorno à infância; a idade de ouro, os anos de algodão-doce; tempo no qual as texturas, as cores e os cheiros, eram todos parte de um único e muito objetivo interesse: deliciar-se; comprazer-se de júbilo vivenciando as mais afetadas emoções pictóricas: comtemplar o deslizamento do carrinho vermelho pela pista de plástico e os pequenos cubos de madeira ilusrada que em cima do tapete se amontoam formando casas, edifícios e igrejas.

Besteiras boas;

toda a diversidade das balas azedas inundadas em glicose saturada.

O cheiro dos pastéis fritos em óleo de rótulo anos oitenta.

[figura]

As embalagens são meros rótulos para homens que acreditam precisar de muito espaço mas contorcem-se em transportes coletivos num vai-e-vem confuso de quem não sabe onde ir; dormindo, lendo, ouvindo música; esquecendo-se.

Esquecendo-se que o importante não é ver como é por dentro e sim criar o que se coloca para fora, esquecendo-se que o sábio é aquele que julga a si mesmo com parcimônia e coração. Os acontecimentos mais valiosos são invisíveis para os ollhos, já dizia o Pequeno Príncipe.

Que diria ele da 'era da imagem'? Que diria ele dos programas televisivos de culinária?

[a sede de imaginação não é psicológica]

Trata-se daquela velha história sobre palavras e atitudes.

Trata-se de ação,
de movimento,

quiçá ruptura.

As palavras são acessórios parcos para o mais aparente ideal humano: a comunicação. Também assim são as imagens; estudadas, gastas e pretensiosas. Ambas são a personificação da perversidade adulta e, curiosamente, quem mais se delicia com seus resultados são os espíritos jovens.

[criança (Grande) x adulto (Pequeno)] ,

a eterna luta clichê-interior do homem, na qual o vencedor é a união de duas forças (ou quatro) que se batem mas convergem e jamais devem se opor, criando essa espécie de contradição que, ao mesmo tempo, define.....................................................................................................................................
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definha...............


................... e mata o texto e o misticismo.