Sonntag, Oktober 07, 2007

não tem

Não posso evitar de ficar feliz, Pablo. Pablo, me escute, pára de bater com a cabeça da parede. Pablo, me dá tua mão e deixa que carrego tuas maçãs. Pablo, tuas maçãs fedem. Não quero mais esse fedor pertode mim, chega de carne humana em decomposição por metáforas.

[Chega de ócio criativo em tardes de segunda ou meias encardidas abandonadas em um varal de meio-dia. Eu quero sol, sossego e segredo. Seco. Quero mantras e e mantas, de lã e carbono. Azuis e virtuosos. Laranja e hot, hot, hot.]

Eu te sinto a falta, Pablo. Te sinto a falta como nunca pensei naquela noite de vodcas no relento do teu mato. A tua voz que não sabe o que diz mas me mata por dentro esse sufoco de não saber dizer. E esse teu ânimo diante dos relatos das peripécias desimportantes, essa tua comoção com o mundo novo. O mundo novo é assim, Pablo. E por isso não podemos negociar, tenho que te matar dentro de mim como numa música dos Gun's and Roses e me encher de sufoco até ele vir, e me beijar. Desculpa, Pablo, preciso que ele me beije. Por mais que a voz dele não me acalente pois não há, não existe motivo para desejar aqueles beijos que não seja a vontade de provar de algo que se sabe; que não há emoção em olhos desiludidos e do tamanho dos teus. No tamanho dos teus, Pablo, mas tão mais opacos e resignados. Tão sonhadores e mascarados. Olhos de tigre preso em um quarto de bebê. Olhos e boca e mãos e não tem como escrever assim, Pablo, não tem.

1 Kommentar:

Leo.. Schneider hat gesagt…

"mais nítido que o coração de qualquer árvore única"

carnal..
e isso q nem freveiro inda..