Me engolem com a fumaça que sai dos meus pulmões
de vaselina.
Me enfraquecem a vista, me batem na cara.
Um, dois, cinco tapas.
Minhas baforadas de morango me salvam da piscina
de vaselina.
Não consigo sair dessa posição confortável que é a meditação exaustiva. Não posso mais usar a negação como forma de verdade e acusar como forma de auto-punir. Os sentimentos se encontram todos em um disco de Schubert, só isso importa; que as emoções se encontrem em um ponto intenso e interrogativo do hábito. Que se possa imaginar cenas de pancadaria e altruísmo em uma mesma música. Que se possa ir do sexo dos amantes às brigas dos irmãos, em dois minutos. Que se abraçem as causas e se divirtam com bandeiras de solidariedade. A solidão só pode ser acompanhada da música clássica, e os taxativos um dia alcançarão seu merecido reconhecimento. E não se trata de vanguarda ou loucura de hoje / verdade de amanhã, se trata de acreditar nas próprias razões, pois a baixaria particular deve sempre ser preservada.
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