O pedante é aquele que alardeia conhecimentos ou qualidades superiores aos que possui. O pedante é pretensioso e pernóstico; o pedantismo é uma pretensão ridícula. Mas pior que o pedantismo só mesmo o pedantismo verdinho, aquele que ainda pende na árvore balançando inseguro e gratuito. O pedantismo verde me enoja contrariando todas as expectativas, pois o que é verde ainda não é maduro e, portanto, está mais longe de apodrecer.
[A podridão é uma designação genérica de várias moléstias causadas por fungos e bactérias que atacam diferentes plantas]
O ataque é uma agressão, o acesso súbito de um mal; pode ser uma investida silenciosa e serena ou uma ação violenta e visivelmente destrutiva, contanto que seja uma investida contra forças inimigas. O ataque é o contrário do desprezo, sentimento pelo qual nos colocamos acima do temor e da cobiça, sentimento que destrói qualquer possibilidade de força inimiga ou mesmo de admiração. O pedantismo, o desprezo e o ataque são ilustres comparsas de mentes doentias em formação.
O pedante despreza e ataca, mas no fundo é um inseguro, um ser incapaz de enxergar o valor alheio e que por isso não conhece a si mesmo, se julga através dos outros e das qualidades que estes o atribuem, apesar de se considerar superior a eles. O pedante é um insensato. Aquele que ataca é considerado um ser nutrido de coragem, força ou energia moral diante de situações aflitivas ou difíceis. Intrepidez, ousadia, bravura; tudo isso me interessa. Mas a coragem leva ao ataque, e para atacar são necessários inimigos. Ou apenas um. E lutar contra um inimigo não é corajoso, é clichê e enfadonho. Só nos resta então o desprezo,uma escolha covarde por si só, pois consiste essencialmente em desconsiderar o que não nos agrada e “agradável”, como diriam os professores de literatura, é um termo um tanto complicado e arbitrário.
Só nos resta então a vontade, faculdade de livremente praticar ou deixar de praticar certo atos, que pode ser tanto uma determinação e uma firmeza moral quanto uma veleidade ou um capricho, mas isso vai depender do estágio de amadurecimento do fruto do qual ela nasce. Como todo o resto, no fim das contas.
[Same mistakes made over and over. No, some of us never learn.]
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